A terra é a realidade objetiva, a matéria, externa e vital.
A água é a emoção nutritiva, o sentimiento, a motivação.
O fogo é o poder da mente, a "luz" que purifica e rege.
O ar é a intuição, a sutil e divina inspiração, a síntese.
Todas estas “ferramentas” tão particulares da psicologia humana sempre mostram interação entre elas para alcançar a unificação e a capacidade de Ser. Mas, para que este mecanismo adquira sua máxima capacidade de funcionamento, é imprescindível que exista uma profunda necessidade de fazê-lo. Este leitmotiv ou “primeira centelha” sempre aparece através do conflito que nos produz a dualidade: desejo-realidade. Quando as exigências do tão “desejado” desejo (água) não correspondem com a realidade das nossas experiências (terra), o desassossego está servido, e a necessidade de ir mas além nos ativa.
A realidade muitas vezes não corresponde ao desejado, e tal desequilíbrio guarda em si mesmo a oportunidade de alcançar uma síntese mas frutífera para com a vida. A intensidade do desequilíbrio gera a aspiração, (água-terra introjetados), que nos leva através do poder discriminador, (fogo), da mente, a uma constante auto-observação do incessante movimento de nossos estados mente-emotivos; esta concentração enfocada nos leva à compreensão de causas e efeitos e ao consequente silêncio mental, antessala da intuição (ar) ou síntese.
Uma vez alcançada a aproximação intuitiva graças à constante atenção, a mente nos torna a oferecer ajuda para poder dar uma “ancoragem” à referida intuição. Isto é, a Mente através da mente-abstrata oferece uma estrutura criativa à inspiração, para que mais adiante, e com a mente-concreta, esta possa ser vivenciada na realidade objetiva. “A energia segue o pensamento”.
Com a conquista deste processo, a emoção (água) deixa de ser reativa, e passa a ser receptiva, empática e abrangente; e “a nobre terra”, (corpo físico), como sempre, se disciplinará e, em agradecimento, se revitalizará para a correta expressão da intuição pensada.
Nos tempos passados os místicos, alcançavam a aquisição intuitiva através de um poderoso sentimento sublimado e a consequente aspiração, “o amor tocava o céu”, e verdadeiramente assim era e assim teve de ser; mas muitas vezes estes místicos tinham graves problemas para ser práticos com eles mesmos e suas circunstâncias, o poder da mente era subestimado, e a emoção em seu Caminho de retorno, uma vez “visto o céu”, gerava sofrimento. Era uma Fé com grande poder para as “coisas do céu”, mas tristemente negativa para os assuntos mais imediatos. Hoje em dia, e graças à evolução humana, sabemos que o poder mental é realmente o ponto do meio, e o lugar que ocupa neste maravilhoso processo de intercâmbio de energias e forças podemos resumir da seguinte maneira:
• Profundo desejo de alcançar a unidade (aspiração) – MENTE – Conquista da síntese (Intuição)
• Intuição (Novas verdades) – MENTE – Aplicação prática no mundo físico-emocional da nova verdade. (experiência-compreensão).
Podemos ser extrovertidos ou introvertidos, podemos ter muitos anseios por adquirir experiências para aprender ou desejos de nos interiorizarmos para compreender, podemos ter o coração como Caminho ou talvez a criatividade mental… dá no mesmo a tendência que tenhamos, o importante é a aceitação de si mesmo, e assim, com o coração tranquilo, poder flexibilizar o nosso mundo através do bom senso, da criatividade mental, do senso de humor, senso de oportunidade, paciência, confiança...
A terra é o sustento e a proteção, onde graças à nutrição da água, ao calor da luz solar e ao “sutil” ar que trouxe a semente, a Flor cresce. Os quatro unidos são o cinco, “a flor”, a Alma: a beleza que se mostra graças à união das nossas capacidades.
Gratidão!
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