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Os 3 níveis do horóscopo

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Urano e o conhecimento do oculto





Urano e o conhecimento do oculto

O desejo, tanto o egoísta como o necessário, converte-se em aquisição de conhecimento, e o conhecimento do que está oculto em qualquer etapa do caminho de evolução relaciona o indivíduo com Urano.

A situação de Urano no horóscopo (casas, aspectos, regências) nos indica as possibilidades de conhecimento que mascaram os nossos desejos. É uma evidência para a astrologia exotérica e esotérica que Urano mostra seu poder para nos dar independência, dinamismo e desapego e, assim, conquistar um conhecimento claro sobre a nossa individualidade original. Urano, através de seus trânsitos, sobretudo em casas angulares e com aspectos duros com outros planetas, revela o que o caminhante no caminho necessita descobrir para avançar.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Escorpião






Escorpião: a solução do conflito interno

O mantra espiritual de Escorpião é: “Guerreiro eu sou, e da batalha emerjo triunfante.”
A relação entre o Eu Superior e o eu inferior é muitas vezes representada como uma luta. Poderia ser representada também como uma dança, por exemplo, ou uma conversa, ou um trabalho conjunto. Mas a luta, realmente, simboliza bem certos aspectos dessa relação entre o superior e o inferior dentro de nós. E pode ser de grande valia refletir sobre isso.
O eu inferior, também chamado de personalidade, abrange o corpo físico, as emoções e a mente analítica. O Eu Superior, também chamado de alma, é a mente intuitiva, a sede dentro de nós da sabedoria, do amor, da vontade espiritual e de todas as demais qualidades superiores. Naturalmente, o eu inferior tem uma percepção bastante limitada e ilusória sobre si mesmo, os outros e o mundo. Na sua visão, todos os seres estão separados e ele é independente e isolado dos demais. Já o Eu Superior tem um percepção muito mais abrangente e exata sobre as coisas. Ele vê a interligação e interdependência em tudo e percebe a si mesmo como um com todos.
A partir de cada uma dessas duas visões, surgem objetivos de vida diferentes, com motivações e condutas correspondentes. O eu inferior vê o egoísmo como bem, enquanto o Eu Superior percebe que o bem é o altruísmo. Contudo, as duas visões (a mais estreita e a mais ampla) existem dentro nós. Ao longo dos dias e das semanas, nós costumamos oscilar entre um foco maior numa dessas visões e um foco maior na outra. Em certas situações, até conseguimos perceber o conflito dessas duas visões dentro de nós, cada uma delas procurando prevalecer naquele momento. E muitas vezes, ao enfrentarmos alguma decisão, ficamos divididos entre escolher o que parece bom para o eu inferior ou o que o Eu Superior percebe como melhor.
Toda essa situação é ainda mais complicada devido ao fato de que, em diversas circunstâncias, não sabemos com clareza qual alternativa está de acordo com os interesses do eu inferior e qual está de acordo com os do Eu Superior; vemos as alternativas, mas não discernimos o que está por trás delas. Frequentemente, as coisas não são o que parecem, e o egoísmo facilmente se disfarça de altruísmo — dentro de nós mesmos!
O local onde todo esse conflito interno pode ser resolvido é o campo mental. 
A mente analítica e a mente intuitiva devem aprender a se entender mutuamente e trabalhar juntas. A mente intuitiva deve esclarecer a mente analítica, e esta, por sua vez, deve então orientar as emoções e as ações de acordo com o esclarecimento obtido. Isso significa que a solução é a mente analítica buscar internamente a visão maior da mente intuitiva. Mas, além disso, depois de iluminada pela luz superior, a mente analítica deve lançar essa luz sobre as emoções e ações. É como se a mente analítica tivesse que explicar (pacientemente e quantas vezes for preciso) para a faceta emocional e o corpo físico aquilo que foi compreendido, para que eles possam se ajustar e participar adequadamente.
É assim que o indivíduo pode sacrificar alegremente os seus estreitos interesses egoístas em favor dos interesses maiores coletivos. É assim que o Eu Superior triunfa e o eu inferior se torna seu parceiro. Então, cada um deles desempenha o seu devido papel: o Eu Superior indica o propósito, os princípios e os valores da vida; e o eu inferior é quem deve fazer a aplicação prática e materializar tudo isso. Não há vitória sem união. A vitória do Eu Superior não se trata de derrotar o eu inferior, mas de conquistar a sua cooperação.


Ricardo Georgini; ricardogeorgini@yahoo.com.br

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

7 Raios 7 Planetas



                     
7 raios (qualidades) 7 planetas (sagrados)

Os 7 raios são as 7 energias básicas que vivificam e constroem através da matéria básica primordial (prakriti) todas as formas do universo, conduzidos e regidos pela “mente de Deus” ou propósito primordial.

Raio é o termo aplicado a uma força ou a um determinado tipo de energia que enfatiza a qualidade que exibe tal força, e não o aspecto forma que ela cria. Esta é a verdadeira definição de raio.

(Alice Bailey - Psicologia Esotérica I, 250)

Portanto, quando falamos de raios, não falamos de formas expressas, mas das consciências ou qualidades que estas aparências contêm.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Mapa natal de Jesus de Nazareth





Jesus o Homem

Olá, sou estudante de Astrologia e um fervente admirador do pensamento de 
Alice Bailey – O Tibetano.

Escrevo-lhes este e-mail, para lhes dizer que não há muito, lendo a última parte 
do livro de Urantia*, onde se relata de maneira amorosa e coerente a vida de 
Jesus, descobri uma série de datas* sobre Sua vida, entre elas a do nascimento. 

Em seguida me fui ao computador e qual não foi a minha surpresa ao descobrir 
esta sensacional carta que encaminho em anexo; se os Reis Magos eram 
astrólogos, sabiam para onde se dirigiam!!

Era incrível, todos os planetas chamados antigos estavam em sua regência, 
menos Saturno que está “agarrado” por Júpiter, os três planetas chamados 
modernos exerciam um papel importantíssimo. 

A personalidade do Leão (sol) iluminava um grande triângulo de água. 

intensa devoção estava escrita, (ascendente Escorpião, Marte conj. Netuno). 

A importância, peso, sensibilidade e tradicionalismo da Mãe, junto com a 
nutrição do equilíbrio da forma lunar como expressão das qualidades da Alma, 
também estavam presentes na excepcional Lua em Câncer. 

Urano em IV, as raízes, revolucionava as 
antigas escrituras tradições e costumes com sua inspiração cósmica.
A conjunção das duas maiores na cúspide da V, Piscis como símbolo da  
criatividade da Nova Era. 

Vênus em Libra desde a XI (a Humanidade) e sem contato claro com a figura 
de aspectos, exercia “leif-motive”, acompanhado por a parte da Fortuna, 
na cúspide, conjunta a Espica a grande benéfica. 

E por cima de tudo na casa X aparecia o símbolo da Esfinge, a união da Virgem 
o Leão, a Alma e a Matéria, a energia divina em ascensão sendo o Sol a base consciente, Plutão a vontade transformadora, e Mercúrio (Budhi), a mente intuitiva 
em CRISTO exercendo de fio condutor, Amor, o grande fio de “prata” que une Personalidade, Alma e Espírito.



GEOMÉTRICA, BALANCEADA, DINÂMICA.

Como diz várias vezes em Seus livros Djwal Khul, há que crer cada vez mais na 
intuição; minha intuição me diz que é verdadeira e a dos senhores?

JESUS foi e é relação inofensiva ou positiva de um bonito passear, o andar
do rouxinol.

Um Abraço



Reflexão mais extensa sobre este maravilhoso horóscopo:

Jesus-de-Nazare

O raio regente de Sua Alma:

Como síntese, e astrologicamente falando, Jesus usou e mostrou o carisma do 

Leão, o magnetismo triunfante de Escorpião, a sensibilidade do Caranguejo, a 

pureza inteligente de Virgem e o belo e temperado equilíbrio da Balança, para 

expressar em Seu ambiente (simbolicamente o Mundo, a Humanidade), a 

mensagem magnânima do Amor Universal que contém e sustenta 

Seus magníficos Peixeso signo do Salvador.




Referências Exotéricas Astrologicas


Para nós, astronomicamente falando, a Estrela de Belém é a grande conjunção Júpiter

Saturno que se deu em Peixes no ano -6 Greg ou -7 Jul. Podemos observar esta 

conjunção claramente no horóscopo e se repetiu três vezes aquele ano, sendo o 

anúncio da chegada da era de Peixes como também a do nascimento de seu maior 

Avatar, Jesus.


Jesus teve que nascer por pelo menos um ano ou poucos anos antes que o ano -4, já que 

segundo nos diz o Evangelho e certas referências históricas, Jesus nasceu nos últimos 

anos do mandato de Herodes e se sabe que historicamente Herodes morreu nesse ano. 


O Mestre teve que nascer com o sol em Câncer Leão ou Virgem, porque se sabe que por 

aquele então (e também atualmente) era nessa época do ano quando na Palestina, como nos 

dizem os Evangelhos, os pastores ficavam na noite com suas ovelhas ao ar livre. 


A carta sideral varia apenas três graus e meio para diante da tropical.



Fontes de informação:


O Livro de Urantia é um livro canalizado nos anos 30 nos Estados Unidos, 

encontra-se na internet traduzido em vários idiomas. Na última parte há uma esplêndida 

biografia de Jesus, onde o máximo  interesse está em ressaltar o Jesus humano, alegre, 

sensível, dinâmico e amigo e não o Homem na cruz.


No capitaulo do “Nascimento de Jesus” ((1351.5) 122:8.1)) nos dice:


“Durante toda essa noite Maria estivera inquieta, de forma que nenhum dos dois dormiu 

muito. Ao amanhecer, as pontadas do parto já estavam bem evidentes e, no dia 21 de 

agosto do ano 7 a.C., ao meio-dia, com a ajuda e as ministrações carinhosas de 

mulheres viajantes amigas, Maria deu à luz um pequeno varão. Jesus de Nazaré havia 

nascido para o mundo; encontrava-se enrolado nas roupas que Maria tinha trazido consigo, 

para essa contingência possível, e deitado em uma manjedoura próxima”.



David C.M.
logos.astrologiaesoterica@gmail.com

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

7 Libra











Libra: a busca do equilíbrio

O mantra espiritual de Libra é: “Eu escolho o caminho que conduz entre as duas grandes linhas de força.”
Essas “duas grandes linhas de força” são aquilo que chamamos de espírito e matéria. Essa é a grande dualidade fundamental no universo. Espírito e matéria são forças complementares, e é a interação entre os dois que cria todas as coisas existentes. Em cada coisa, tanto espírito como matéria estão presentes, em variadas proporções. A perfeição consiste no equilíbrio entre essas duas forças, ou seja: as duas se relacionarão de maneira que cada uma desempenhe o seu devido papel, em harmonia com a outra.
O equilíbrio entre espírito e matéria é alcançado através do grande processo evolutivo que está acontecendo em nosso universo — um processo do qual somos parte. Esse processo envolve primeiro a experiência e o conhecimento da matéria, depois a experiência e o conhecimento do espírito, e finalmente o equilíbrio entre ambos. Numa analogia talvez excessivamente simples, é como se fossemos medir quanto é a metade de um objeto: para isso pegamos a ponta de uma fita métrica e encostamos numa extremidade do objeto, depois estendemos a fita até a outra extremidade do objeto, assim conhecemos o seu tamanho total e só então podemos encontrar o seu meio. Portanto, ir de um extremo ao outro faz parte do processo de conhecer o todo, para então poder equilibrar corretamente.
A consciência humana está focalizada principalmente no lado material das coisas e simplesmente desconhece o lado espiritual. Assim, mesmo que não perceba, o ser humano leva uma vida desequilibrada e parcial, uma vida na qual predomina a materialidade. O que para nós parece equilíbrio ainda não é o verdadeiro meio-termo, pois ignoramos muita coisa. Como vemos só uma parte, achamos que o equilíbrio está ali em seu meio. Se víssemos o todo, perceberíamos que o ponto médio ainda está distante.
A espiritualidade é um convite a descobrir o outro lado, para assim descobrir o todo. Uma parte já conhecemos: a material; está faltando conhecermos a outra. A espiritualidade é um convite ao equilíbrio, mas um equilíbrio cada vez mais abrangente e completo. A descoberta do outro lado é um processo gradual. Cada novo pedacinho que vemos e incluímos nos leva a reposicionar o que consideramos como o meio. Por isso, em nossa busca por equilíbrio, devemos estar atentos para não estagnarmos numa concepção fixa de como o equilíbrio é. O que consideramos como equilíbrio vai mudando à medida que a consciência se expande.
A grande dualidade universal de espírito e matéria reflete-se no plano emocional como o que é chamado de pares de opostos — prazer e dor, felicidade e sofrimento, afeto e raiva, atração e repulsão, etc. Esses pares de opostos apresentam a cada ser humano o primeiro campo de treinamento em equilíbrio. Normalmente, o ser humano vive ocupado com esses opostos emocionais, lutando com eles, distraído com eles, e não percebe a dualidade principal de espírito e matéria. Quando o indivíduo compreende que esses dois opostos emocionais são ambos parte da vida, quando pode aceitar ambos e ficar indiferente diante eles, então, tendo alcançado o equilíbrio emocional, torna-se possível confrontar a dualidade principal e avançar em direção a um equilíbrio maior.

Ricardo Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Os Raios da Humanidade




Os Raios da Humanidade

Os raios da personalidade (expressão) e da alma (consciência) que regem a humanidade são o 5 e o 4, respectivamente.

Certamente a humanidade se expressa (personalidade) através da qualidade do 5R, a raça humana analisa, separa, discrimina, julga, conhece, ilumina, sabe, utiliza… sua grande necessidade e senso comum é demonstrar de forma concreta, prática, racional e científica.

Mas a Alma ou consciência profunda do reino humano é um 4R: a luta por harmonizar o inferior com o superior, o intenso conflito criador, compreender que tanto o guerreiro como seu conflito e ideal são o mesmo. É nesta luta em que o ser humano dá o melhor de si próprio, e são expressões deste maravilhoso esforço a magnífica música clássica alemã, a explosão de beleza do renascimento italiano, o “caos e cor” do Brasil, a profundidade do pensamento oriental, a grande diversidade expressiva da Índia, as sinceras dúvidas de Arjuna, o gênio de Mozart, DaVinci, a curiosidade insaciável de Mercúrio, a intensidade de ESCORPIÃO...

Na verdade é este grande conflito que a raça humana vive a razão de ser da sua beleza.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Virgem: gestação da consciência amorosa



Virgem: gestação da consciência amorosa

O mantra espiritual de Virgem é: 

“Eu sou a mãe e o filho. Eu, Deus, matéria sou.”

Os ensinamentos esotéricos representam o processo evolutivo do ser humano como uma gestação. É uma maneira simbólica de dizer que, na vida humana, há algo se desenvolvendo internamente, e gradualmente sendo formado, nutrido e preparado. Este algo é a consciência, é o amor e a sabedoria.

Uma gestação é resultado da relação entre o pai e a mãe. Na simbologia esotérica, o pai é o espírito, que fecunda a mãe matéria. Portanto, o espírito é a causa da evolução, mas é a matéria que proporciona o campo onde toda evolução pode acontecer. São as experiências em meio à matéria e a vida no mundo que permitem à consciência se desenvolver.

Durante a gestação, o filho permanece escondido e protegido dentro do corpo da mãe. O mesmo acontece com as qualidades amorosas da consciência: em seu processo inicial de desenvolvimento, elas permanecem ocultas no interior do indivíduo e não conseguem vir à luz e se mostrar na vida dele. Mas essa ausência de demonstração externa não significa que tais qualidades não estejam sendo lentamente cultivadas e aprendidas. Todos os seres humanos não passam de mães da consciência amorosa; a única diferença é que alguns já deram à luz e outros ainda estão esperando...

Ao longo da gestação, o corpo da mãe vai se alterando para acomodar e nutrir o filho ali dentro. Se não soubermos que se trata de uma gravidez, podemos achar que essas alterações são sintomas de alguma doença. Semelhantemente, no desenvolvimento da consciência interna do ser humano, muitas vezes parece que há algo de errado com o indivíduo. Começam a surgir questionamentos, insatisfação, novos interesses... Toda a sua estrutura de vida (interna e externa) que estava tão bem estabelecida agora começa a sofrer influência dessa consciência interna que está crescendo. É um processo delicado de reajustamento, muitas vezes lento, e a nova consciência que está emergindo precisa ser protegida para que possa vingar. Quando não compreendemos o que de fato está acontecendo e queremos logo corrigir as coisas, resolver tudo e ver resultados, podemos acabar atrapalhando a gestação do novo.

A hora do nascimento é o momento mais delicado de todos, é a hora de maior dificuldade e é quando a mãe sente as dores do parto. Similarmente, no processo de amadurecimento da consciência em cada indivíduo, chega um ponto em que a sabedoria e o amor devem vir à luz e demonstrar-se praticamente na vida. Nesse momento, os acontecimentos e situações da vida costumam moldar-se de maneira bastante difícil para o indivíduo, oferecendo-lhe um grande desafio e prova, que requer justamente uma grande demonstração de consciência amorosa. A vida presenteia o indivíduo com uma crise e impasse, que só poderá ser resolvido pela aplicação de toda a sabedoria que existe nele. Quando essa situação crítica é reconhecida e aceita como uma inestimável oportunidade evolutiva, então pode ser encarada sem sofrimento desnecessário e resolvida mais simplesmente.

O mantra de Virgem nos ensina que nós somos a mãe, mas somos também o filho; somos o passado, e também somos o novo. O amadurecimento da consciência espiritual traz a percepção de que somos um com tudo, até mesmo com a divindade. E então a divindade, que é amor e sabedoria, passa a ser vista em todas as coisas, em todos os acontecimentos e em todas as pessoas, mesmo que ainda esteja apenas germinando silenciosamente...

Ricardo Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Leão



Leão: consciência de si
O mantra espiritual de Leão é: “Eu sou Aquele e Aquele sou eu.”

O eu mencionado nesse mantra não é o pequeno eu pessoal ou a nossa personalidade (mental, emocional e corporal). O mantra fala sobre a ampla consciência do Eu Superior ou alma, que sabe que é um com o Todo Maior (“Aquele”). Mas nós somos simplesmente humanos, e isso significa que cada um de nós ainda está no caminho de descobrir que é a alma, para assim descobrir a sua unidade com tudo e com todos.

Sob o Plano Evolutivo, o progresso da consciência começa pelo desenvolvimento de uma consciência individual ou pessoal, que depois se amplia tornando-se consciência grupal ou coletiva, e ainda depois chega a ser consciência planetária ou universal. Mas para garantir esses desenvolvimentos posteriores, deve haver aquele ponto de partida consistente, aquele firme ponto de apoio para a consciência, e esse é o eu pessoal. A consciência individual ou autoconsciência é apenas o começo da jornada espiritual consciente, mas é um passo tremendo, profundamente significativo e imprescindível.

O processo de desenvolvimento do eu pessoal é marcado por muitas características e buscas que tenderíamos a classificar como antiespirituais, mas que são simplesmente a preparação para a espiritualidade. No mundo das formas materiais, todas as coisas são conhecidas por comparação, e assim o eu busca conhecer a si mesmo comparando-se e competindo com os demais. O eu testa o seu próprio poder desafiando o mundo ao seu redor. Para construir e consolidar a própria identidade, o eu procura afirmar-se perante os outros. Mas quando, por meio dessas experiências, o eu finalmente conhece o seu valor, todas essas características da consciência imatura são naturalmente transcendidas e dão lugar a outras buscas, mais amplas.

A compreensão do próprio eu torna possível compreender que o outro também é um eu

Ao conquistar a consciência de mim mesmo, posso deixar de me comparar com outro e começar a ter consciência do outro. Então o outro deixa de ser para mim apenas um objeto, e torna-se, por assim dizer, um co-sujeito. A competição dá lugar à busca de cooperação. O indivíduo descobre aquilo que tem em comum com os seus semelhantes, e se une a eles para empreenderem uma busca grupal. Assim o indivíduo coopera com o grupo, não por lhe faltar desenvolvimento e poder pessoal para fazer diferente, mas porque começa a ter consciência de si como uma célula do grupo. Ele se identifica com o propósito do grupo e escolhe apoiá-lo. A cooperação consciente é, portanto, muito mais que estar junto, seguindo o rebanho; é uma participação voluntária e inteligente, fazendo a diferença, co-criando, enriquecendo e fortalecendo o grupo.

Através da experiência grupal, além de compreender que existem outros eus no mundo, o indivíduo começa a compreender também que existe um Eu Uno, abarcando todos os eus em Si. Finalmente, ele começa ter consciência de si como uma célula do Uno ou do Todo Maior (Deus, como alguns preferem chamar). Então o eu considera a si mesmo como apenas um representante e agente do Uno, e a genuína consciência disso é simplesmente um perfeito equilíbrio entre valor próprio, humildade e responsabilidade.

Talvez o maior mistério sobre Deus seja que Ele está verdadeiramente no ser humano. E talvez a maior revelação sobre o ser humano seja que ele é verdadeiramente expressão de Deus.

Ricardo Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Dualidades e Triplicidades






Dualidades e Triplicidades


Falar de Astrologia sem falar das leis que regem o Universo é o mesmo que falar do nosso corpo sem nunca ter estudado anatomia. Para além disso, se pretendemos que esta disciplina milenar não sendo considerada ciência pela comunidade científica (e com razão porque ela ainda não o é tal como é estudada e apresentada pelos astrólogos) venha de facto a ser a rainha das ciências no futuro, temos todos que começar por uma nova abordagem a este problema.

Em primeiro lugar, conforme é sugerido nos livros de Alice Bailey sobre este tema, ela terá que começar por empregar o método estatístico como qualquer outra ciência social, para estabelecer correlações e estimadores confiáveis, ou seja consistentes, para que todos possam chegar às mesmas conclusões partindo dos mesmos pressupostos. Ora se esse aspecto já é controverso nas ciências sociais oficiais (por exemplo na economia) então em Astrologia ainda muito mais o será. Esta controvérsia tem a sua raiz na problemática do livre arbítrio do ser humano. Mesmo nas ciências ditas exactas como a física existe o principio da incerteza porque chegou-se à conclusão que até o electrão já possui em germe aquilo que na planta e no animal se chama sensibilidade (à musica por exemplo, pois já existem provas que os animais reagem melhor à musica de Mozart do que a outra menos harmoniosa e as plantas também crescem mais e melhor com essa música) e no ser humano o livre arbítrio próprio de quem já possui a capacidade mental para ajuizar.

Já empreguei aqui a palavra germe porque tudo no Universo funciona por germes. O que é que isto tem a ver com a astrologia perguntarão vocês? Tudo, direi eu. Isto remete-nos directamente para a lei dos ciclos e com os quais a astrologia tem necessariamente que lidar.

Assim a trindade, tão cara às religiões tanto orientais como ocidentais contida nas palavras Shiva, Vishnu e Brahma ou Pai, Filho e Espírito Santo, contém dentro de si própria também a dualidade básica tão cara à filosofia chinesa do Yang/Yin. O Universo inteiro funciona assim. Triplicidades e dualidades, num conjunto que permite ao mesmo tempo a sua expansão (sem dualidade a expansão é impossível) e o seu equilíbrio dinâmico. Desta forma temos opostos que se repelem e atraem e por isso geradores de atrito e conflito, e ao mesmo tempo a harmonia e a síntese. E onde queremos chegar para já nesta primeira abordagem? Por agora só a este ponto tão caro ao saber de todos os tempos e lugares. Porque razão se atribui a perfeição ao número dez que no fundo conduz à unidade (1+0= 1) e todos os pecados ao número cinco ou seja à sua metade?

Na nossa tradição cristã Adão (Marte) só cometeu o pecado original de comer a maçã porque foi instigado pela serpente (Leão e escorpião) e por Eva (vénus). Assim conforme menciona Alice Bailey se percorrermos o zodíaco no sentido horário, ou seja centrados na personalidade, e portanto sujeitos às vicissitudes da cruz mutável, o 5º signo será escorpião e o 8º Leão. Se o percorremos no sentido anti-horário, ou seja já mais centrados na alma, o 5º signo será Leão sendo então escorpião o 8º signo. Aqui temos umas das razões porque essa sabedoria de todos os tempos e lugares diz que o número oculto do Cristo (Alma) é o 8 e o 5º reino é o reino das almas livres.

Existem, como sabemos também, em diversas latitudes e ao longo dos tempos, sete tipos básicos de energias que depois se fundem em três principais (a trindade das religiões) ou então se desdobram ainda mais com os 7+5 = 12. E cá temos outra vez o número 5. Se aos sete tipos básicos de energias, ou melhor dizendo radiações energéticas, somarmos mais 5 tipos de forças, cá temos o nosso zodíaco.

Agora ainda podemos fazer outro tipo de exercício. Se 3+2 = 5 (trindade e dualidade somada) também 5+3 = 8 e 5+2= 7. Também podemos ainda ter 3+4 =7 (3 + 2x2) e 8+4 =12 ou por fim 3X4 =12.

O Universo é constituído por energias e forças cujo aspecto gráfico é uma infinidade de 8 (oitos) entrelaçados uns nos outros (ver teoria das cordas e um universo que pode chegar a 11 dimensões defendida por reputados cientistas espalhados pelos 5 continentes). Aqui vemos a analogia entre o número oculto do Cristo (8) e o aspecto coesivo da 2ª radiação ou melhor ainda, do aspecto amor-sabedoria quando se diz que é o amor que vivifica e mantém coeso todo o Universo pelo efeito de atracção magnética que ele exerce.

E porque diz Alice Bailey que a 5ª radiação é a radiação da clivagem divina ou seja a que faz a seleção em cada período ou juízo final de cada ciclo? E o que é isto tem a ver com a astrologia poderão mais uma vez perguntar? Tudo, voltamos a responder.

No nosso sistema solar o número 5 está associado ao planeta Vénus sendo aliás este planeta o transmissor da 5ª radiação energética e assume portanto um papel fundamental nessa clivagem.

O Universo não é UM Universo mas uma pluralidade deles. Mas ficando para já no nosso pequeno Universo podemos dizer à luz da sabedoria de todos os tempos e lugares, que ao mesmo tempo que uma parte está ainda no estado chamado involutivo a outra parte se encontra no chamado arco evolutivo. A fase involutiva da condensação da energia naquilo a que chamamos matéria e forças dá lugar depois a outra em que a matéria volta a converter-se em energia e Luz. Ora estes ciclos encontram o seu equilíbrio na tão conhecida figura do Yang/Yin.

Contudo essa figura padece de um problema se não for interpretada correctamente. Propositadamente ela é um círculo fechado mas no seu interior ela não é dividida por uma recta mas por dois semicírculos que voltam a fazer lembrar as duas metades do número 8. Mas sobretudo e é esse o aspecto mais importante, remete-nos para o símbolo da espiral. Devemos recordar que o numero oito deitado também representa o infinito, pelo que a espiral é verdadeiramente não somente o símbolo mas sobretudo o modelo em que tudo está construído, e não o circulo fechado sobre si mesmo, onde por muito que andássemos, voltaríamos sempre ao ponto de partida. Os dois símbolos estão essencialmente correctos porque de facto eles representam duas realidades distintas na sua natureza “ espaço-temporal” mas unas no “eterno agora”. A trindade e a dualidade são duas formas de representar aquilo que se manifesta no espaço-tempo, cuja regência é atribuída ao 2º Logos, ou seja, a uma parte desdobrada para melhor entendimento, daquilo que na realidade fora do espaço- tempo é UNO e transcendente.

Tornando isto mais simples a trindade é a forma pela qual Deus se torna imanente e a dualidade é a forma pela qual qualquer entidade que comece a vibrar no plano da mente concreta aqui representada pelo numero 5 e por Vénus o pode começar a sentir e a entender na sua forma mais transcendente. Isto pode parecer para muitos uma pura especulação abstracta mas não é porque é assim que todos podemos começar a resolver os nossos problemazinhos da vidinha de todos os dias. Quem diria!





E a astrologia no meio disto tudo, poderão voltar a perguntar? Para isso voltamos para já e só no que diz respeito ao que foi abordado até aqui, a referir que por exemplo o símbolo do signo de Leão não deixa de ser basicamente metade de um 8 o de Escorpião e Virgem é tríplice. Por outro lado, um dos símbolos de Ecorpião também é a serpente de que já falamos e ao mesmo tempo o círculo não deixa de ser o ouroboros ou seja a serpente a morder a sua própria cauda. Assim, para quem é estudante da Astrologia da alma sabe a importância que este signo (escorpião) tem para o reino humano pois o seu regente cardinal ou seja aquele que lida com totalidades é o planeta mercúrio sendo também o regente do reino humano, o 4º reino cuja função principal é ser o mediador entre os reinos superiores (espirituais) e os reinos inferiores mais próximos da matéria alguns dos quais ainda na fase involutiva.

Como já poderão ter constatado tudo o que fui dizendo tanto sobre as leis que regem o Universo como sobre astrologia não se refere a um SER em particular ou à influência deste ou daquele signo sobre alguém em concreto. O facto de ter mencionado uns signos e não outros nada tem a ver com a sua importância ou qualidade, mas somente para me referir ao aspecto que pretendo tratar nesta primeira abordagem: Como resolver as dualidades intrínsecas a todos os seres mergulhados no “espaço-tempo” e assim chegar a essa famosa unidade interior que capacita cada um a centrar-se na Alma e ao mesmo tempo a sentir e entender a Unidade de todas as coisas.

Poderão achar uma pretensão desmesurada atirar-nos a uma empreitada tão grande mas fazemos nossas as palavras de Mabell Collins no livro “Luz no caminho”: Mata a ambição, mas trabalha como aqueles que são ambiciosos. Está desde logo aqui, um paradoxo e uma dualidade que tem que ser resolvida. No fundo mesmo no zodíaco só os signos de Leão e Capricórnio não têm como símbolos a dualidade ou triplicidade. E o curioso é saber que ambos estão envolvidos com a 5ª radiação. Leão, a nível cósmico é um transmissor da 5ª radiação assim como Capricórnio também é um ponto focal dessa transmissão a nível solar através do seu regente cardinal (Vénus). Por outro lado ambos os signos são os dois grandes integradores da personalidade a nível do zodíaco. Leão leva ao máximo o poder integrador da personalidade quando o indivíduo tenta caminhar sozinho pelo próprio pé e se torna um líder de um pequeno Grupo ou de uma Nação ou simplesmente um ditador dependendo da forma como essa integração se processa. Contudo tal integração é necessária porque sem uma personalidade integrada os poderes da Alma ficam inibidos e não possuem os meios adequados para se expressar nos três planos da forma. Aqui entende-se por integração da personalidade possuir um corpo físico, astral e mental devidamente alinhados para formarem um todo coeso fazendo da personalidade um instrumento positivo de actuação sem ficar dividida entre a emoção e a razão ou entre a cabeça e o coração. Neste caso o regente fixo (Neptuno) e cardinal (Urano) devem necessariamente concorrer para ajudar nesse processo sendo aliás uma das razões porque se diz que por detrás da 1ª fase das 5 etapas finais para a libertação do Karma dos três mundos da forma está a 7ª radiação assim como por detrás da 2ª fase está a 6ª radiação.

No caso de Capricórnio o processo de integração assume uma forma mais subtil, dado que neste caso a personalidade tendo atingido o máximo de perfeição possível, torna-se negativa para dar lugar aos poderes positivos da Alma que por sua vez já começa ela própria a reflectir aquilo que para nós ainda é pura especulação ou seja a mónada. Neste caso a 5ª radiação tem aqui uma função preponderante pois o indivíduo começa a responder de forma quase permanente ao 5º reino ou seja ao reino das almas livres sendo aliás designada a 3ª fase das 5 etapas do ponto de vista terreno e a 1ª fase do ponto de vista cósmico. Não deixa de ser curioso que Saturno como seu regente fixo e mutável seja um planeta transmissor da 3ª radiação ou seja o regente daquilo que se designa por diversos nomes: personalidade,forma, aparência, ou Espírito Santo na terminologia cristã (com o monte da transfiguração quando Jesus acompanhado de três apóstolos se transfigura). Aqui os três apóstolos não são mais do que os três corpos da personalidade.

Com estes dois signos não duais cá temos novamente o 5 (Leão) e o 10 (Capricórnio) sendo certamente por isso que Alice Bailey diz que o símbolo de Capricórnio é de difícil interpretação pois trata-se da própria assinatura de Deus. Também é dito em diversas latitudes que os avatares, ou seja os filhos solares, nascem no signo de Capricórnio o que justifica que nas religiões mais recentes ou mais antigas se celebrem as festividades mais importantes do ano durante o período em que o sol atravessa esse signo. Contudo na nossa perspectiva isto não pode ser levado à letra porque daria uma expressão e importância demasiado grande a este signo em detrimento dos outros.Esta visão poder-nos-ia levar a considerar este signo muito mais importante que os outros e tal não corresponde à verdade. O que corresponde à verdade, isso sim é o facto de todos os deuses solares entrarem pela porta de Capricórnio e não pela porta de câncer como acontece com a Humanidade comum. Penso que este assunto tem gerado muitos equívocos e tem confundido muita gente. Este equívoco também está relacionado com outro quando se pensa que todos os salvadores mundiais nascem em Peixes e isso também não corresponde à verdade. Aliás existe uma relação oculta entre o signo de Capricórnio e Peixes já que, em muitas imagens o signo de Capricórnio é representado por uma cabra (ou bode) com uma cauda de Peixe. Isto vem do Mito de Makara (crocodilo) que ao tentar fugir da fúria de um perseguidor teve que se transformar num ser anfíbio para poder escapar. Só as nossas almas e não as personalidades poderão algum dia saber o que este Mito esconde. Note-se mais uma vez que o planeta Vénus está envolvido nisto ao estar exaltado no signo de Peixes e ser o regente fixo de Gemini (signo por excelência da dualidade).

Reportamo-nos a este assunto intrincado porque mais uma vez, iremos voltar ao número 5 e 10 para terminar esta nossa primeira abordagem. Na nossa perspectiva o que se esconde por detrás desta visão reporta-se ao facto de que qualquer deus solar já transcendeu as dualidades próprias, pelo menos dos três Mundos da forma, e em certa medida para os mais avançados, a dualidade Espírito- Alma. Assim para esses seres não existem mais 12 signos no sentido que nós lhes damos mas somente 10. Para além disso tendo transcendido a dualidade ou seja ao fazer a fusão dos pares de opostos só ficam 5 energias. E como se chega a isto? Fazendo primeiro a fusão dos signos de Libra e Virgo e depois também Aries e Piscis. Ou seja ainda melhor: a fusão do fogo com a água e do ar com a terra. Isto representa uma grande conquista pois as águas do plano astral ilusório são absorvidas pelo fogo do Espírito que é a única coisa eterna e o céu (ar) desceu à terra. Não podemos desejar melhor consumação pois começa-se finalmente agora a dizer nesta nova era que o reino de Deus vai começar a descer à terra para aí impor a sua ordem e acabar com a rebeldia e o caos que sempre existiu neste planeta. Tendo acabado com as dualidades esses deuses solares ao fundir os opostos no fundo sintetizam as energias dos 10 no 5 e cá temos novamente o 5º reino ou reino das almas livres ou seja a Hierarquia que foi fundada na terra há 18 Milhões de anos pelos nossos irmãos do planeta Vénus e cujo expoente máximo e mais conhecido é Sanat Kumara. Este depois de ter fundado a Hierarquia dos irmãos da luz passou para o centro chamado Shamballa, onde ficou a saber qual era a vontade e o plano de Deus, para este nosso planeta e assim trabalhar com o nosso Logos planetário.

Esta nova Era tem a particularidade de ser mesmo nova num aspecto fundamental: pela primeira vez, um ser oriundo da evolução do esquema da terra (neste caso Gautama Buda) passou a exercer o cargo que antes era exercido por Sanat Kumara ou seja passou a ser o expoente máximo de Shamballa.

E o que tem isto a ver com as astrologia? Mais uma vez dizemos: Tudo. Esta vai ser a explicação porque Plutão (transmissor da energia da 1ª radiação e que não é filtrada pela Hierarquia contrariamente à de Vulcano) está relacionado a nível cósmico com Aries e a Ursa Maior e a nível solar com o signo de Peixes ao ser o seu regente Fixo e Cardinal. Cá temos a fusão da água e do fogo.

Do outro lado temos Jupiter (transmissor da energia da 2ª radiação) regente Cardinal de Virgo que, na fusão do ar com a terra, suplanta Saturno e liberta o SER da roda do Karma atingindo o caminho do meio (equilibrio) representado por Libra onde Urano como regente fixo faz aqui o seu trabalho libertador. Mesmo aqui Vénus também aparece como regente comum de Libra assim como regente comum em Touro (sendo este o signo de culminação na roda comum e onde aparece Vulcano como regente Fixo e Cardinal).

Esta abordagem dos planetas ficará para uma próxima oportunidade pois é urgente perceber a função dos três planetas que não pertencem verdadeiramente ao nosso sistema solar: Urano, Neptuno e Plutão. Fica desde já uma observação: a oitava superior de Vénus (deusa da música) não é Neptuno mas sim Urano. Quem tiver dúvidas limite-se a ouvir a música de Mozart, uma alma que fez descer o céu (signo solar aquário) à terra (ascendente virgo) onde os planetas Urano e Jupiter tiveram um papel preponderante assim como mercúrio ao ser o mediador entre os dois (o Reino espiritual / Céu e a Terra) e representando o reino humano ou o 4º reino de que Mozart também fazia parte pois até os animais e as plantas gostam da sua música.

Aproveitaremos nessa ocasião também para nos debruçar sobre o processo evolutivo em espiral onde o número 5 vai voltar a ter um papel fundamental e nessa altura falaremos não de Mozart mas de Leonardo da Vinci e o seu famoso número de ouro.


gmail: logos.astrologiaesoterica

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Câncer: a morada da alma






Câncer: a morada da alma
O mantra espiritual de Câncer é: “Eu construo uma casa iluminada e nela habito.”
Uma casa é um abrigo, um ponto de apoio no mundo e uma base de operações. Para estar em meio ao mundo material, a alma (o puro ser ou pura consciência) também precisa de uma casa ou habitação, um suporte material. Por isso a alma constrói para si três instrumentos: um veículo mental (nossa mente), um veículo emocional (que costumamos chamar de coração) e um veículo físico (nosso corpo). Esses três constituem a nossa personalidade, que é verdadeiramente a morada da alma.
Nesse processo de adotar uma forma mental, uma forma emocional e uma forma física, sempre existe limitação. A consciência fica limitada pela forma. Em si mesma, a alma é pura potência e plenitude de possibilidades. Mas ao habitar uma mente, um coração e um corpo, apenas algumas capacidades e qualidades da alma conseguem se manifestar. Por outro lado, a forma permite que a alma participe da vida coletiva no mundo, se manifeste em alguma medida e expresse pelo menos algumas de suas qualidades. Manifestação e limitação andam juntas; sem limitação não há manifestação. Isso é algo que todos devemos aprender. Quando não abrimos mão de fazer tudo, acabamos não fazendo nada. A chave é saber fazer alguma coisa.
Mas além dessa limitação inevitável, comumente ficamos ainda mais limitados porque nos identificamos demasiadamente com a nossa própria personalidade. Achamos que somos só mente, emoções e corpo; não sabemos que somos a consciência interna que habita esses três veículos. A alma é transcendência e poder transformador, mas quando não estamos em sintonia com essa nossa essência, acabamos nos cristalizando e nos restringindo a certos modos de pensar, sentir e agir. Então expressamos sempre apenas as mesmas qualidades, e deixamos de expressar tantas e tantas outras possíveis.
Conhecer a si mesmo como alma é estar aberto para a autotransformação e a expressão cada vez maior dos próprios potenciais. Quando sabemos que somos a consciência interna, plena de possibilidades, compreendemos que podemos e devemos aperfeiçoar nossa mente, coração e corpo, para que sejam melhores veículos para a alma, expressando mais e mais das suas qualidades. Esse autoaperfeiçoamento acontece através do próprio pensar, sentir e agir, pois cada ato nosso sempre contribui para a continua reconstrução da nossa personalidade.
Todo ato de pensamento, por exemplo, contribui para reconstruir a nossa mente, reforçando uma ou outra qualidade, dependendo do que for pensado. Através da reflexão sobre as qualidades da alma (como amor, sabedoria, boa vontade e alegria), podemos impregnar mais e mais a nossa mente com tais qualidades, até que, com o tempo, se tornem o nosso modo normal e espontâneo de expressão mental.
A nossa personalidade é hoje aquilo que fizemos dela até agora, e podemos torná-la o que quer que escolhamos. Basta orientar o nosso pensar, sentir e agir na direção escolhida, e a transformação inevitavelmente acontecerá com o tempo, seja longo ou curto. Podemos desenvolver quaisquer habilidades e aprender qualquer coisa. Tudo o que é possível está dentro de nós como semente. E cada dia é uma preciosa oportunidade para fazermos desabrochar o potencial de nossa alma, revelando toda a sua beleza, luz e amor.

Ricardo Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Gêmeos: dois em um


                                                                            Gêmeos: dois em um


O mantra espiritual de Gêmeos é: 

“Reconheço o meu outro eu e, no minguar deste, eu cresço e brilho.”

Gêmeos é o signo das dualidades, e para o ser humano a principal dualidade é entre o seu pequeno eu e o Eu Superior. O pequeno eu é o que normalmente conhecemos como a nossa personalidade; abrange a mente, a natureza emocional e o corpo físico. O Eu Superior é a nossa alma: a essência espiritual em nosso íntimo, o puro ser, pura consciência.

O pequeno eu é o veículo ou instrumento do Eu Superior para o desenvolvimento da consciência. É através das experiências no mundo material que a consciência superior vai gradualmente despertando, se desenvolvendo e se consolidando. E chega finalmente um ponto em que essa consciência superior pode conhecer o pequeno eu pelo que ele é. Então o indivíduo percebe e vivencia a sua personalidade como apenas uma parte do seu ser, e não mais o todo. Ele sabe que é mais do que a sua própria personalidade.

O mantra de Gêmeos fala sobre essa possibilidade de o Eu Superior reconhecer o outro eu. Nesse reconhecimento a partir do mais elevado que há em nós, existe sempre uma atitude de aceitação, compreensão, boa vontade consigo mesmo. Há uma grande diferença entre a personalidade perceber a si mesma, com suas limitações e imperfeições, e a alma perceber a sua personalidade, com as limitações e imperfeições dela. No primeiro caso, é comum o surgimento de insatisfação, frustração, culpa, luta, etc. No segundo caso, essas distrações estão ausentes, e existe simplesmente a compreensão do trabalho de aperfeiçoamento que ainda precisa ser feito.

A energia de Gêmeos estimula o aperfeiçoamento de todos os tipos de relações, inclusive a relação interna entre esses dois eus em nós. Quando o mantra fala sobre o pequeno eu minguar, não se refere a um enfraquecimento e empobrecimento da personalidade. Trata-se apenas de a personalidade passar para o segundo plano, para que a alma possa vir para o primeiro plano. A personalidade é o agente da alma em meio ao mundo, e deve ser um instrumento forte, hábil e luminoso. Tudo o que é preciso é que esse instrumento se mantenha sempre a serviço da alma, e não de interesses egoístas e egocêntricos.

Entretanto, muitas vezes, na vida humana, não sobra espaço para a alma aparecer e atuar através de seu instrumento, porque a própria personalidade sobressai o tempo todo. O pequeno eu se mantém ocupado consigo, interessado em si, buscando apenas seus próprios objetivos, falando de si mesmo, procurando se afirmar e se destacar. A personalidade esquece que é apenas um instrumento... Já o Eu Superior, ao contrário, sabe que é um com o Todo, e a sua vida é puro amor e consagração ao bem comum. Quando a alma está se expressando através da personalidade, o indivíduo não fica falando de si mesmo, mas fala de ideias; não vive para si mesmo, vive por ideias, pela verdade, pela justiça, pela liberdade...

Dessa maneira, tais ideias espirituais podem crescer e brilhar através da personalidade. E esse é o grandioso papel que o pequeno eu tem a desempenhar. Quando a personalidade pretende ser importante por si mesma, existe apenas ilusão e distorção; mas quando a personalidade se permite ser grande por servir algo maior, aí ela encontra a verdadeira e plena autorrealização.

Ricardo Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br

terça-feira, 24 de abril de 2012

Buda - Touro




                                                                        O Último Sermão do Buda


Um sábio conselho.


Antes que chegue a Lua cheia de Touro e todo ser sensível tenha a oportunidade de tomar contato com as “intenções” divinas; gostaríamos de publicar neste blog um fragmento do último sermão do Buda.
Em verdade e como diz o Buda, nada pode ser aprendido a não ser a partir da própria experimentação, o que se pode ver muito claramente na forma de aprender das crianças.


Um fragmento do último sermão
Oh! Ananda, sejam lâmpadas para vocês mesmos. Confiem em vocês mesmos, e não dependam de nenhuma ajuda externa. Sustentem a verdade como lâmpada. Busquem a salvação tão só na verdade. Não busquem assistência de ninguém mais além de vocês mesmos”.
E Ananda, como pode um irmão ser uma lâmpada para si mesmo, confiando em si somente sem depender de ajuda externa, sustentando a verdade como sua única lâmpada e buscando a salvação tão só na verdade, sem buscar ajuda de ninguém mais além de si mesmo?
Oh! Ananda, permite a este irmão se enfocar no corpo para que agora que ainda é vigoroso, pensante e atento, possa, enquanto ainda existe no mundo, superar a aflição que surge do seu corpo anelante. Permite enfocar-se agora nas sensações, para que enquanto ainda é vigoroso, pensante e atento, possa superar a aflição que surge das mesmas. E permite também que, enquanto pense ou raciocine, ou sinta, possa observar seus pensamentos que sendo tão fortes, profundos e plenos como podem ser, lhe permitam, enquanto existe no mundo, superar a aflição que surge dos anseios pelas ideias, raciocínios ou sensações.
Tão só aqueles, que agora ou depois de minha transição, sejam lâmpadas para si mesmos, confiando tão só em si mesmos e não em qualquer ajuda externa, sustentando a verdade como sua lâmpada, e buscando sua salvação somente nela, sem buscar assistência mais além de si mesmos, tão só esses, Ananda, entre todos os meus bhikkhus (monges), serão os que alcançam as alturas mais sublimes! Mas devem estar ansiosos por aprender”.


                                                                                                                               o adeus do Buda


Se analisarmos atentamente o texto veremos que a palavra chave é a auto-observação, saber nos observar honestamente é o primeiro passo para a autoconsciência ou sentimento de liberdade.


Pensando na próxima Lua cheia de Wesak