O Significado esotérico
das casas 4, 5 e 6.
Para
a astrologia esotérica, as casas não têm um significado muito relevante, já que
se considera que o poder material que exercem sobre o sujeito diminui na medida
em que este demonstra contato com a Alma e, portanto, maior consciência da
energia que transmitem os 12 signos e suas três cruzes correspondentes.
Ainda
assim é muito importante considerar o significado esotérico que se oculta após o
poder exotérico das casas, Essência que em toda ação externa se esconde sempre
um significado ou estado de consciência (aspecto subjetivo) que merece ser analisado.
A Casa 4
Esotericamente
falando, na casa 1 faz ato de presença
a mente, como a intenção
enfocada e criadora na casa 2 do desejo, a sensibilidade que na
casa 3 se reflete como a comunicação ou interação etérica
entre as duas partes implicadas, a material e a espiritual, que finalmente se manifestam
na casa 4, regida pela Lua, como a forma densa. Os 3 sagrados unificados e manifestados no 4.
Nos
livros esotéricos se nos diz que a Lua é “a vontade de Deus para Sua
manifestação na forma”, dando a entender que a tríade lunar, (mente-emoção e
corpo etérico), é a única síntese possível através da qual se expressa A Divindade
na Matéria.
Exotericamente
falando, a casa 4 rege a raiz familiar, “aquilo herdado” ou carma lunar com suas emoções e forma mental mais instintiva, a
mãe, a infância, felicidade, satisfação, a chuva, o aspecto nutridor e protetor
da natureza mãe, também o ambiente cultural, nacional, comodidades, veículos,
casa, o lar…, esotericamente falando podemos bem interpretar que o “lar”, “raiz”,
“satisfação” ou “felicidade” são
conceitos que refletem que a tríade lunar – casa 4 é o lar da essência
espiritual viva.
Entendemos
por Essência aquele aspecto psíquico que unifica a mente, a emoção e o corpo etérico
para Sua expressão em um todo funcionante ou lua. Como já dissemos, os 3
sagrados através do 4 ou unidade manifestada.
A
esta casa exotericamente é dada a regência da área do tórax, (o nutridor leite materno),
e o coração, o lugar onde esotericamente se sintetiza o amor, “aquilo que
nutre”, a Essência manifestada
através da inspiração e expiração.
A Lua, regente da
casa 4, é regida pelo 4º Raio de Harmonia através do Conflito porque nela
reside “a condição herdada”, aquele peculiar “Conflito” psíquico que a
consciência em determinada vida deverá vivenciar em sua cotidianidade para
assim, (através de si mesma), expressar Harmonia e Beleza.
Nela
residem as limitações do passado, mas, ao mesmo tempo, apenas através dela, e nela,
está o campo de trabalho onde se demonstra objetivamente sua
transcendência.
A casa 5
Por
lógica, se na casa 4 está a manifestação da Essência espiritual através da
forma ou matéria, na casa 5 está situada a luz ou o aspecto consciência que referida
Essência atesoura.
Exotericamente,
na casa 5 reside a inteligência e sua independência criativa, o “eu” com seu gênio pro-criador, os filhos, obras de arte, as
distrações, os filhos, aventuras, dramatismo, glamour …, esotericamente este
“eu” tão individual tem seu reflexo no corpo causal, o lugar na mente onde
residem a Consciência mais abstrata ou Alma. O lugar onde a inteligência por
direito evolutivo é a criadora de nossos traços mais característicos, relevantes
e únicos.
Da
Alma, a casa 5 é aquilo autêntico, aquele eu ou consciência mais vinculado ao
nível evolutivo alcançado em vidas passadas. É a luz-autoengendrada, (casa 5
regida pelo sol), portanto é a autoconsciência, aquela inteligência-ação que só
depende de si mesma.
Tradicionalmente
nos é dito que a casa cinco rege a sorte, no sentido da chegada daquilo
inesperado, (por exemplo, a loteria), que traz consigo alívio material e
psíquico, esotericamente podemos pensar que tudo aquilo que está vinculado com
a inteligência superior da Alma ou o “Eu” traz consigo a bem-aventurança.
O Sol, como regente
de casa 5, é o símbolo desta luz ou inteligência consciente que, por direito
evolutivo, tem o direito de se manifestar de maneira criativamente livre.
Esta
casa rege a parte superior do estômago, o abdômen, o lugar onde o coração se
toca com a emoção ou plexo solar, “o rei e o poder de sua fé” seguem juntos. O
estômago é o primeiro local onde a diversidade de alimentos-ideias ingeridos se
mesclam e sintetizam em uma unidade homogênea; a inteligência cria a unidade ou
“eu” que posteriormente será depurada-digerida e expressa como serviço através
do intestino inferior regido pela casa 6-Mercúrio.
A Casa 6
Como temos dito, a casa 6 é a casa do serviço, ali onde
a essência + sua consciência servem a seu si-mesmo mais universal para alcançar
um bem para a totalidade maior.
Exotericamente, esta casa rege todo o serviçal, os animais
de estimação, empregados, enfermeiras, o trabalhar diário, artesanato, também
as preocupações, doenças, debilidades, inimigos…, esotericamente estes
conceitos como “preocupação”, “debilidade”, “doença”, são o reflexo na
consciência da Alma da necessidade de uma maior perfeição ou purificação e,
como sabemos, todo esforço e atitude por se renovar tem o contratempo da doença,
debilidade, inimigo ou personalidade cristalizada que se rebela e não
aceita.
Por outro lado, a constância do artesanato, ou o
cuidado de um animal doméstico ou de um doente esotericamente são o fiel
reflexo do esforço e constante esmero que a consciência tem por reconhecer e
cuidar daquele sutil e “pequeno” amor com vocação universal que reside em seu
interior.
Toda essência com sua consciência deve servir a seu
“si-mesmo” superior, aquele aspecto amor, também chamado esotéricamente aspecto
crístico, que se nutre e constrói desde e
com a mesma mãe natureza ou corpo matéria.
A região do umbigo, regida pela casa 6, é o lugar do corpo humano onde há uma maior
concentração de nervos, dando a entender da importância vital para a
consciência de construir ou modelar o aspecto Amor através e na própria matéria.
O Amor na casa 6 e, sobretudo, no significado de Virgo
é a energia que purifica ou redime a Matéria.
Na casa 5, regida pelo arquétipo de Leão, alcança-se o topo do “eu
sou”, afirmação que a partir de então, e
em seus começos na casa 6/Virgem, deve aprender a considerar o significado do
Amor Universal, tão característico de seu signo complementar ou Aquário.
Esta casa é a regente do estômago inferior, ali onde o
“alimento” é assimilado, melhor compreendido e, portanto, purificado. O serviço
como ato de se melhorar a si mesmo e com isso também o mundo.
Mercúrio
é o regente deste
trabalho purificador, o construtor ou forjador de uma maior união entre o Amor
Universal e o Pessoal. O pequeno planeta
mais próximo do Sol, “o filho da mente”, “a mente livre”, aquela energia que
com sua virtude discrimina, discerne e reflete até alcançar a intuição
unificadora, o contato com a Verdade que, na realidade, é a própria verdade
reconhecida.
Na casa 6, e graças ao poder de raciocino ou de
construção mercurial, o corpo humano se vê
melhor compensado e disposto para assim levar a cabo a principal necessidade da
Alma: o Serviço.
O próprio Dharma das casas 4, 5 e 6
Como
sabemos, a casa regente do Dharma ou ação correta em um horóscopo é a casa 9.
Ela nos fala da atitude que mais convém à casa 1, a mais importante da carta.
Um
exercício muito válido para melhor entender as inter-relações astrológicas que
se produzem em um horóscopo é considerar a casa 9 de cada uma das 12 casas. Por
exemplo, aplicando este exercício às 3 casas que nos ocupam podemos dizer que:
A casa 9 desde a casa 4,
isto é, contando como se a casa 4 fosse a um, é a casa 12, a casa de “a liberação”, dando a entender que para a
casa 4 com “a essência armadilhada em um corpo lunar”, o dharma ou ação mais
correta é a liberação de suas ataduras mais lunares restritivas. De fato, observemos
que a casa 9, contando desde a 12, é a casa 8, a casa de “a morte e a
transformação”, dando a entender que para conquistar uma maior “liberação”
da “essência atada à lua”, há que transformar-se ou “morrer”, se entende por morrer a destruição ou
desapego do ponto de vista mais pessoal ou egoísta.
A casa 9 da casa 5, é a casa 1,
“o propósito da alma”, dando a entender que o Dharma do corpo causal ou a
inteligência da Alma regida pela casa 5 é atender às necessidades e propósitos da casa 1, onde o significado de seu signo
regente, chamado signo ascendente, oculta
a chave para o correto funcionar de referida inteligência causal criadora de bem-aventurança.
A casa 9 desde a casa 6, é a casa 2,
a casa do “desejo” ou aspiração, dando a entender que o Dharma ou a correta
ação para a casa 6, é estar inspirada pelo nobre desejo de forjar na
matéria um amor puro capaz de expressar
serviço ao bem comum.
De fato, os arquétipos regentes esotéricos das casas 2 e 6, Touro e Virgem,
são Vulcano e a Lua (velando Vulcano), sendo a aspiração taurina la motivação para o poder modelador de seu regente Vulcano, e o aspecto mãe de Virgem, o campo de trabalho ou Lua velando também Vulcano, os dois signos de terra que unem esforços para a
posterior manifestação do Amor através de um corpo físico puro ou o nascimento
na forma de uma Cristo em Capricórnio.
Astrologia
Sideral versus
Tropical
Quando
a pessoa se dedica ao estudo de um horóscopo, a primeira coisa que sempre deve ponderar
é o máximo interesse vital que tem seu dono. Se o máximo interesse está
vinculado com as tendências mais materiais-exotéricas, que sem lugar de dúvidas
são legítimas e muito importantes, deste blog recomendamos utilizar a carta
védica ou sideral. Para realizar esta carta, (há diversas webs que a realizam),
se devem subtrair 23’5º a todos os pontos chave, (grau ascendente, nodos e
planetas), da carta tropical; uma vez feita a operação, o signo onde se situa o
novo grau ascendente passa a ser considerado como a casa 1 em sua totalidade.
Isto é, se o grau ascendente, uma vez subtraídos os 23’5º, cai em Touro, toda a
casa um será Touro, a 2 será Gêmeos, toda a 3 será Câncer e assim sucessivamente;
e, além disso, todos os 12 signos, sem exceção, deverão ser regidos por seus 7
regentes tradicionais, sem ter em conta para nada os 3 planetas chamados
modernos, Urano, Netuno e Plutão, como também não as regências esotéricas que
tanto utilizamos neste blog.
Segundo
nosso ponto de vista, e graças às muitas observações e análises realizadas,
consideramos que este tipo de astrologia sideral, muito utilizada no ocidente e
original da Índia Védica, é muito mais certeira que a tropical na hora de
reconhecer como influenciam no sujeito e suas distintas atividades os aspectos
mais exotéricos das casas.
Mas,
se as necessidades e o interesse vital deste sujeito estão mais relacionados, (embora a dualidade
matéria-espírito sempre esteja presente), com as tendências da Alma, é então
que se faz muito necessário estudar a carta tropical, onde o significado do
signo ascendente, (acima do signo solar), junto com seu regente esotérico, pega
o padrão principal que marcará as tendências mais espirituais de referido
sujeito.
Para analisar as 11 casas restantes
que surgem a partir deste padrão ascendente ou casa 1 principal, deve-se
combinar o significado dos 11 signos com o das 11 casas, dando prioridade na
análise à energia do signo por cima da força da casa. Dito de outra maneira,
desde a Alma e para a Alma, o significado de um signo sempre condiciona a força
de uma casa e/ou de um planeta.
David C.M (logos.astrologiaesoterica@gmail.com)
David C.M (logos.astrologiaesoterica@gmail.com)
Excelente! Aprendo muito com seus artigos. Agradecida
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