Uma visão astrológica do començo da Idade Moderna
Não
faz muito tempo, consultando o livro “O
Discipulado da Nova Era II” do
Mestre Tibetano – Alice Bailey pude ler a seguinte afirmação:
“Quando a Hierarquia se retirou para
trás do véu separador na época atlante, marcou o começo de um intervalo de
escuridão e aridez e um ciclo “de abstração em branco”, que persistiu em sua
forma mais crua até 1425 d.C….”
O Discipulado da Nova Era II (Ensinamentos
sobre a Iniciação. 6ª Parte pág. 278)
Era
evidente que me encontrava diante de uma data importantíssima, um ano que após
um longuíssimo período de tempo iniciava um novo e muito positivo ciclo para a
Humanidade. Um ciclo que, ao que parece, e pelo que diz o texto em toda sua
extensão, foi precipitado pela própria vontade espiritual que a humanidade
havia alcançado.
Uma
humanidade que estava adquirindo o poder de penetrar nos segredos do Mundo e
que, por sua vez, com este poder emergente, estava invocando o Amor da
Hierarquia de Mestres Condutores para a chegada de novas formas mentais que o
bem conduzia. Como se sabe, a aquisição de poder traz consigo “perigo” se não
for gerido pelo Amor, e esta é a função da Hierarquia. Foi por isso que, em
1425, a Hierarquia, reunida no conclave de Shamballa:
“decidiu
que devia ser apresentada ao ser-humano evoluído e expectante uma imagem mais
real da natureza divina do homem, e que ao erradamente interpretado princípio
da obediência oculta devia se aplicar o "pedal suave" (se posso
empregar esta frase) e os homens ser "liberados para poder penetrar"
e -segundo se diz- lhes ensinar a reticência necessária mediante a prova e a
experiência.”
O Discipulado da Nova Era II (Ensinamentos
sobre a Iniciação. 6ª Parte pág. 278)
Parece
claro, pois, que naquele ano se “abriu a porta” de entrada para a Idade
Moderna e exemplo disso foi a chegada, poucos anos depois, do poder
divulgador da Imprensa de Gutenberg; a
melhor compreensão por parte da
humanidade avançada dos conceitos de razão, liberdade, responsabilidade ou
livre-arbítrio como características marcantes do Humanismo enfrentando a Fé
“cega” tradicional; a chegada do “incrível” impulso criativo e cultural do
Renascimento; a expansão da Burguesia e seus generosos mecenas promotores de
todo o novo; a queda de Constantinopla com os últimos vestígios de épocas
passadas ou a descoberta do “novo mundo”, América. Poderíamos dizer, sem medo de
nos equivocar, que por aquele ano então a Humanidade começou a ser a criadora
consciente de Seu próprio destino.
O relógio astrológico
Era
claro, pois, que me encontrava frente a uma data importantíssima e que,
portanto, a carta que dela devia surgir necessariamente tinha que ser “especial”.
E assim foi, tracei o horóscopo* justo para a entrada do Sol em Áries, (momento
que tradicionalmente se utiliza para os eventos gerais ou universais), e me encontrei com esta excepcional carta.
CARTA
As tabelas das diferentes regências esotéricas estão expostos no final do artigo
Um
horóscopo que certamente oculta um grande “selo”, um grande início, um poderoso
padrão astrológico que, após refletir, exponho dos vários pontos de vista que
mais me chamaram a atenção.
Os 3 planetas impessoais
Sem
dúvida alguma o primeiro que chama a atenção é observar que os 3 planetas
impessoais, na época ainda não descobertos e muito vinculados com a Alma “das
coisas”, estavam justo na entrada de um Signo!!, algo verdadeiramente muito
difícil de encontrar e que simboliza a entrada de “um novo tempo”.
Plutão
a transformação, “a morte do já caduco”
entrava em Câncer, o signo da massa e seus costumes, dando a entender a morte e
transformação de muitos dos costumes estabelecidos já caducados.
Um
Plutão em Câncer, regido, esotericamente falando, por Netuno em Leão. Netuno, a
sensibilidade no signo da autoconsciência, a Alma, dando a entender que dita
transformação ia ser regida de uma percepção consciente da Alma.
E
finalmente referida autoconsciência (Leão) regida por um Sol exaltado em Áries
em conjunção com Urano. Uma poderosa conjunção que nos fala da chegada de uma
grande novidade, “de um regalo imenso”.
Áries,
(a Vida, a Vontade do Uno), através de Leão, (a Alma ou o Amor do Dois)
impactava em Câncer (o Três ou a inteligência da Mãe Matéria).
Astrologia de Aspectos
A
partir da técnica que estuda o horóscopo através dos aspectos chama
poderosamente a atenção os aspectos quase exatos que o Sol tem com os três
planetas impessoais, tirem as suas próprias conclusões, mas a meu modo de ver o
trino aplicativo que o Sol exerce sobre Netuno em Leão como regente dos
planetas em Câncer é realmente excepcional. Nele se sustenta a promessa de que
o imenso poder mental – iniciático que traz consigo a conjunção angular do Sol
Urano em Áries poderá ser bem canalizado (trino) através da percepção
consciente (Leão) dos novos ideais
(Netuno).
Uma
linha de aspectos da qual participa com quase a mesma intensidade, a Terra, a zero
graus de Libra e regente esotérico do ASCENDENTE em Sagitário, o signo que
marca o caminho da Alma.
O Ascendente + Seu Regente Esotérico
+ Lua velando Urano na casa 1
Do
ascendente, (como sabem, a qualidade que marca o caminho da Alma), se nos
apresenta o poder de Sagitário, onde a palavra-chave é “o objetivo”.
Neste
caso é a atitude focalizada que permite despertar e praticar novas e mais
espirituais formas de expressão. Ter como objetivo o desenvolvimento ou, melhor
dizendo, a transformação das Novas Ideias (que chegam através de Áries) como
Ideais capazes de despertar os Devas superiores construtores das Novas Formas.
Devas refletidos nas magníficas formas lunares (veladoras de Urano) que a carta
apresenta com a Lua em Sagitário casa 1.
Neste
sentido mais lunar e voltando à astrologia de aspectos, o trino aplicativo que
a Lua exerce sobre Vênus em Áries, torna a ser promessa de êxito do antes exposto.
O
signo ascendente + a lua estão regidos esotericamente pela Terra em Libra, casa
10, por sua vez regida por Urano+Mercúrio em Áries casa 4, a raiz. De alguma maneira
todas as regências voltam a Áries casa 4, a raiz divina como o selo
indiscutível de que neste horóscopo se desenha a possibilidade de expressar
poderosos princípios através da intenção focalizada ou Ideal que aconselha praticar o Ascendente Sagitário.
O papel de Escorpião
Por
outro lado, o 4º Raio de Harmonia e Beleza alcançadas através do Conflito,
qualidade regente da Alma humana, também
está muito presente através da poderosa e exata conjunção de Saturno e Júpiter
em Escorpião. Esta conjunção é o claro símbolo do início de um novo ciclo para
a humanidade.
Marte em queda em Câncer
A queda
de Marte como regente exotérico de Áries e Escorpião dá a entender que o acima
exposto em Câncer (a morte dos costumes caducos através de Plutão) será
refletido na Alma humana (Escorpião) e no mundo das ideias (Áries) como um
antes e um depois.
Diríamos
que Netuno como regente esotérico de Câncer é a premissa principal para
compreender a queda de Marte, e com isso ativar a oitava superior de Áries e
Escorpião. Um planeta em queda, entendido da Alma, sempre é o símbolo de tudo
aquilo que deve morrer para poder Ser.
O grande poder de Áries (1R)
reativando-se através de Sagitário
É
claro que nesta carta há uma grande presença do 3º Raio através de
Libra-Câncer, do 7º Raio através de Áries-Câncer, do 4º Raio através de
Escorpião-Sagitário, do 5º Raio através de Leão-Sagitário e do 6º Raio através
do mesmo Arqueiro, mas é muito evidente que o Raio que mais presença tem é o 1º Raio de Vontade e Poder através
de Leão e, sobretudo, de Áries.
Há
uma clara ausência de 2º Raio, já que nem Virgem nem Gêmeos nem Peixes estão
ativados. O 2º Raio só aparece através de Júpiter como regente exotérico de
Sagitário, mas sua presença está debilitada ao estar em Escorpião, signo de 4º Raio,
na casa XII. Mas esta ausência tem certa lógica, já que todos os princípios
pertencem ao 1º Raio com seu poder de “destruir” e “penetrar”, o que
posteriormente, graças ao 2º Raio (a visão e sua experiência consciente), será
a construção de um “novo caminho”. Poderíamos dizer que nesta primeira etapa o
Amor da Hierarquia ou 2º Raio está oculto por trás do Poder das ideias que
Áries traz consigo de Shamballa ou 1º Raio.
Voltando
ao grandíssimo poder que o 1º Raio ostenta na carta, se atentarmos bem para o
signo do “Carneiro”, estão Mercúrio Urano e o Sol que são os regentes
(exotéricos-esotéricos e hierárquicos) finais de todas os outros
planetas/signos de todo o horóscopo incluindo o próprio Áries, sendo Urano (com
suas novas ideias) o regente dominante final, por ser o regente esotérico da
Terra em Libra e estar em Áries, sua própria regência hierárquica.
Nesta
carta o grande poder de Áries - Primeiro Raio nos fala da clara vontade que houve
em 1425 para iniciar um novo caminho. Um caminho que necessitou do Dom de Sagitário para chegar a bom termo.
Um Dom ou Qualidade que neste horóscopo vincula o poder
de “focalizar” propriedade deste
signo com o ato de Intuição Criadora característico do 4º Raio, com a
Concentração Mental característica do 5º Raio e com a capacidade de centralizar
ou Dirigir o Sentimento para o Ideal a realizar pertencente ao 6º Raio, todas
qualidades do “arqueiro”.
Nesta
carta, Sagitário é aquela atitude que presta toda sua atenção àquilo que,
graças às energias de Áries, é pressentido como o ideal a seguir. Um Ideal
(objetivo, intuição ou atitude mental) que certamente para a humanidade avançada
da época foi dar um salto para a conquista de maior liberdade e
autoempoderamento. O ideal do “divino” já não era tanto um mistério a respeitar
como um mistério a conhecer, refletir, recriar, sentir e compartilhar.
De
alguma maneira, em 1425 o relógio astrológico se sincronizou com o crescente
poder da Humanidade (3) para penetrar nos segredos, com o amor mediador
da Hierarquia (2) para bem conduzir referido crescente poder e com a
vontade ou propósito de Shamballa (1) de manifestar tais segredos na Terra
através da humanidade.
*o horóscopo traçado para toda Europa
e eixo Mediterrâneo (pontos centrais do início da Idade Moderna) dá em todos os
casos ASCENDENTE Sagitário, neste artigo expomos a carta resultante para Roma.
David C.M. (logos.astrologiaesoterica@gmail.com)
. . . . . .
Tabela de regências
Constelação Ortodoxa Esotérica Hierárquica
Áries: Marte Mercúrio Urano
Touro: Vênus Vulcano Vulcano
Gêmeos: Mercúrio Vênus Terra
Câncer: A Lua Netuno Netuno
Leo: O Sol O Sol O Sol
Virgo: Mercúrio A Lua Júpiter
Libra: Vênus Urano Saturno
Escorpião: Marte Marte Mercúrio
Sagitário: Júpiter A Terra Marte
Capricórnio: Saturno Saturno Vênus
Aquário: Urano Júpiter A Lua
Peixes: Júpiter Plutão Plutão
David C.M. (logos.astrologiaesoterica@gmail.com)
Excelente análise! Será que atualmente não estamos passando por um período parecido? Tem me preocupado bastante a ascensão do conservadorismo e falso moralismo. Poderia ser isso o início de um novo Lumiar? Se puderes gostaria muito que fizesses uma análise sobre o atual momento do Brasil, eu como várias outra mulheres fazemos parte do movimento contra o retrocesso, violência e facismo no Brasil. Seria bem vindo um artigo seu a respeito!
ResponderExcluirGrande abraço.
Ps: aguardando ansiosamente a continuação dos artigos sobre as casas astrológicas.
Obrigado Fernanda por tus palabras.
ResponderExcluirSi, hace ya un tiempo que ando pensando en dedicarle un articulo a la carta de Brasil, el problema es el tiempo.
Tu Fernanda que cartas crees que es la mas correcta para tu pais, la de la declaración de la Republica del 1899 o la de la constitución del 1988?
En los dos casos Escorpión tiene un rol importante, el 4Rayo de Armonia y Belleza, el Alma de Brasil.
Quizas podrían ser la dos entendidas como una continuidad en el tiempo. No conozco mucho de Brasil, solo se que es un gran país pleno de diversidad y grandes posibilidades de futuro. Desde Europa con los años ha mejorado mucho la imagen de tu país, aunque bien es cierto que últimamente la corrupción parece que hace estragos.
Se sabe dicho por el Maestro Tibetano que es un país de 2Rayo de Personalidad regido por un 4Rayo en el Alma.
Bien, estoy en ello Fernanda!
Obrigado
Olá amigo
ResponderExcluirSim o Brasil é exuberante e repleto de diversidade, um país com uma natureza e cultura riquíssimas. Por aqui a corrupção sempre foi crônica, raiz da violência e profundas desigualdades sociais que assolam o país. De uns anos pra cá o povo tem levantado a voz diante de tantas injustiças, principalmente mulheres e os mais jovens. Estamos vivendo um momento tenso com vários conflitos e em todas as esferas, é realmente preocupante. Acredito que a data mais adequada para se fazer o mapa seja a da declaração da República. Desde já lhe agradeço imenso!
Grande abraço.
Obrigado, tendre en cuenta tu comentario!!
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