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segunda-feira, 4 de maio de 2020

Wesak 2020 - Reflexões astrológicas no contexto atual





Introdução

É bem sabido que estamos diante de um momento chave na história humana, marcado pela entrada das energias próprias da Era de Aquário, que condicionarão a consciência humana pelos próximos dois mil anos.
Se han escrito muchos artículos analizando desde el contexto astrológico la llegada de esta Nueva Era como por ejemplo el de Iván Maldonado (“La batalla en los cielos ha comenzado”), donde se señala que en el año 2165 Urano hará conjunción con Neptuno en Acuario, marcando así simbólicamente la toma del “cetro” de Piscis (regido por Neptuno) y el inicio de la Nueva Era de Acuario regida por Urano y signada por la Reaparición de Cristo y la Exteriorización de la Jerarquía.
También en otro escrito inédito, realizado por el Maestro Tibetano Djwhal Khul hacia 1940, se dice que la Era de Acuario no empezaría sino hasta 177 años después, es decir, si hacemos la suma, en 2117. Otros autores de línea mas hinduista también se refieren a su inicio para el próximo siglo. E otros falam de 1945.
Por isso, cabe comentar que na astrologia existe o que se chama de orbes, que são espaços em que se encontram as auras ou campos energéticos de constelações e planetas, dando-se assim uma transição antes de um início estrito de certa influência. Os sensitivos podem perceber as energias antes que cheguem ao plano físico. Do mesmo modo, espera-se que as pessoas de orientação espiritual do planeta sejam as primeiras a captar e a trabalhar com essas energias entrantes pelo bem da humanidade. 
Podemos, inclusive, ir mais além, e dizer que o momento interno chave para que se veja no futuro o pleno florescimento das energias de Aquário é agora, e não dentro de um século. É o momento de dar aquele passo energético adicional e ganhar essa batalha.
Os astros dizem bastante deste processo, pois iluminam linhas de oportunidade e menor resistência, assim como as linhas gerais da mudança que pode vir.




Libra e as conjunções entre Júpiter, Saturno e Plutão

Se gerarmos a carta natal para o momento de Wesak no Monte Kailash, veremos que tem o Ascendente Libra em sua cúspide. O papel do Ascendente é claro na astrologia esotérica como indicando o caminho da alma, mas neste caso, ao se tratar de um evento com impacto global, talvez não corresponda centrar esta interpretação no mesmo, mas sim tomá-lo como um elemento a mais no jogo de planetas no momento exato do plenilúnio.
Em geral, então, diremos que o signo de Libra se caracteriza por gerar polarização e também por encontrar o equilíbrio. A importância dos pontos de tensão nunca deve ser desatendida. O Mestre Tibetano nos explica que, na dinâmica de circulação de energia, produz-se um processo de invocação e evocação. Para que isso aconteça, é preciso alcançar um ponto de tensão invocativa que, seria possível dizer, é regido esotericamente por Libra, e após o qual afluirão as energias necessárias para transcender. 
Neste caso, estamos possivelmente ante a geração de uma maior polarização no que tem a ver com a entrada do 4º Raio. Sabemos que este Raio é de Harmonia através do Conflito, rege o plano búdico e a alma da humanidade, e está começando a retornar à manifestação, a partir de 2025. É de se supor que comece a fazer sentir sua influência e a gerar as condições que o evocarão para a Terra. 
Outra interpretação possível do papel de Libra e a geração de tensão é que é necessário que certas estruturas na consciência humana mudem, e para isso se requer tensão, acumulação de energia. A relação com o meio ambiente (entendida hoje preponderantemente como o manejo dos recursos naturais), a forma de exercer a liderança e o poder, a preponderância da comercialização em relação à partilha, o consumo excessivo, a importância dada ao externo, são todos conceitos que se encarnaram em nossa civilização, e que estão sendo desafiados pelas energias entrantes.
Falando tecnicamente, atravessamos um ciclo no qual se produz uma conjunção (a cada 500 anos) entre Saturno e Plutão, e uma que se dá a cada 20 anos como a de Júpiter e Saturno (nesta ocasião deixando o elemento terra e passando para o ar). Esta segunda conjunção é muito observada pelos astrólogos porque produz mudanças perceptíveis em nível de realização de arquétipos, oportunidades e limitações. A de Saturno e Plutão, ao se produzir em um prazo curto, mas a se desenvolver em tantos anos, pode ter um efeito estrutural mais difícil de apreciar. Mas seu efeito está ali, e é de essência catalisadora destrutiva, já que Saturno rege a matéria e Plutão a destruição para que flua a alma. Se agregarmos a isso que a conjunção se produz no signo de Capricórnio, que leva aos limites a matéria, temos a marca do fim de um ciclo.
Nesse contexto, é possível que a Hierarquia espiritual use estas combinações astrológicas para dispersar formas astrais e mentais caducas que mantêm a consciência humana presa. Na matéria pode ser visto como destruição ou morte, mas do lado interno trata-se de liberar a consciência para que novas formas expressem novas qualidades. Em tal sentido, as novas qualidades e formas seriam as da Nova Era, que hoje, se não houver mudanças na matéria, não poderiam ter lugar na velocidade necessária. Como diz a regra, ao subjetivo segue-se o objetivo, e isso pode ser visto na carta do Wesak deste ano, como marcando que estamos ainda em uma fase de impulso, mas mais interna que externa no que diz respeito aos resultados.


A carta para o momento de Wesak


Nesta carta – com Ascendente Libra, como se indicou –, vemos um Sol contido entre Mercúrio e Urano, em conjunção com ambos, todos em Touro. O signo da iluminação se vê nutrido de energias provenientes do plano mental-intuitivo e pelo toque elétrico de Urano. É interessante que o Sol e os dois planetas chegam de Áries, e tanto Mercúrio como Urano regem este signo em nível subjetivo, talvez simbolizando que dirigem todo seu poder a que a matéria se amolde às novas ideias e impulsos gerados em Áries. Lembremos que Touro é um signo de Terra, de realização dos desejos. Quais são os desejos da humanidade neste momento? É parte do nosso trabalho interno ligá-los a elevadas ideias e ideais.
Esta pequena união de três elementos astrológicos, que não é para nada usual, está logicamente em oposição à Lua, que desde Escorpião reafirma a tensão do plenilúnio. As Casas em jogo são a II e a VIII, ambas regendo aspectos financeiros e da matéria, marcando a pauta que se espera uma tensão sobretudo nessas esferas. Lembremos que o Mestre Tibetano menciona que o primeiro Ashram a se exteriorizar será o de 3º Raio de Inteligência Ativa, que tem a seu cargo o manejo do dinheiro e das finanças, trabalhando estreitamente com o 7º Raio da Ordem, Cerimonial e Magia.
Essa tensão e a ligação com os assuntos dos recursos parece se ver acentuada, porque o regente clássico e esotérico de Escorpião é Marte, e Marte está em quadratura (90°, aspecto de tensão) tanto com o Sol como com a Lua. Este planeta se torna um ponto de descarga para a crise interna, a maior consciência que se busca gerar, e lembremos que em nível das massas Marte rege o plexo solar. É possível que haja um poderoso impacto no corpo emocional, comovendo tanto como sacudindo as emoções, de modo a reorientar o poder emocional para o amor e a partilha. Em definitivo, estender um fio de luz entre o centro plexo solar e o centro cardíaco, facilitando assim que a Presença crística se substancie no plano astral. 
Como poderia se alcançar isso? Em princípio, os astros oferecem uma notável saída: resulta que tanto o Sol como a Lua também se conectam com Netuno, que é a oitava superior de Marte, e simboliza tanto a intuição como a emocionalidade superior e o despertar do coração. Como se isto fosse pouco, a potente conjunção Plutão-Saturno-Júpiter se encontra em um positivo sextil (60°, aspecto harmônico) com Netuno, simbolizando que por trás do caos e da aparente confusão, a Hierarquia permanece.
Enquanto que na carta o Sol e o regente esotérico do Ascendente estão na Casa VIII da morte, marcando talvez o fim de um ciclo de identidade humana, Marte nos abre a porta para a batalha no campo astral (lembremos que a Lua, que faz quadratura com ele, é o 4º Raio em sua dimensão de conflito), e Netuno a janela de oportunidade para a mudança. Estando na Casa VI do serviço, talvez se trate de uma oportunidade para que a humanidade como um todo volte seu coração ao próximo, ativando o serviço planetário.
Estamos então ante um processo de acúmulo de tensão, onde após a aparente desarmonia se esconde a harmonia, e é essa certeza que podem oferecer os discípulos espirituais neste momento. Assim como a oposição e a luta existem, também estão presentes a sensibilidade e o potenciamento do subjetivo.




A oportunidade interna e o papel dos servidores mundiais

Tal vez uma mensagem desta carta, um pouco óbvia para aqueles que estudam a Sabedoria Eterna, mas sempre útil para se afiançar na consciência humana, é que os ajustes a nível material, a destruição e as mudanças que podem causar tanta confusão e medo têm uma motivação hierárquica, e que existe um Plano se desenvolvendo e com o qual estamos colaborando internamente. Aos que só podem ver o externo, é importante aproximá-los do calor do Cristo, que está vertendo suas energias amorosas e enviando os seus mais excelsos colaboradores para acelerar a mudança que está diante de nós.
Como atores-chave neste processo, é importante que mantenhamos a mente aberta à mudança, que não deixemos de atender aos assuntos que são de nossa responsabilidade, e que saibamos que a Hierarquia estará nos acompanhando como fonte de nossa inspiração. O papel dos servidores mundiais é fortalecer a intenção hierárquica que está sendo vertida no planeta agora mesmo. 
O chamado ao serviço é claro, não como um ideal, mas como uma maneira de ativar a configuração positiva que se vê através de Netuno na Casa V. Seria como um modo de evitar a morte e a destruição sem sentido, redirecionando o fluxo de energias liberadas para o que realmente importa. 
E também, com o Nodo Norte (símbolo da integração da personalidade) na Casa IX da espiritualidade superior, as forças da matéria podem se alinhar com o plano mental superior. 
Em suma, é uma carta dinâmica, potente e muito interconectada, que tanto marca crise como caminhos para enfrentá-la, e que conta conosco para prestarmos um serviço que salve e magnetize os éteres com a energia da Nova Era.




Martin Dieser

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