A CASA
Não deixa ser curioso que o título deste artigo tenha vários significados, a começar pela própria astrologia,que usa este termo para dividir o mapa astral em 12 partes, ou seja em doze casas, para situar o tema no espaço e no tempo.
Muito embora este texto se destine ao leitor versado em astrologia, e mais genericamente em temas esotéricos, avisamos desde já que o título se refere simplesmente à casa onde habitamos. Talvez, esta palavra não tenha tantas vezes sido repetida como agora, desde que surgiu a pandemia do COVID 19.
Quem não ouviu até à exaustão a famosa sentença em vários idiomas: Fique em casa, Quédate en casa, Stay at home, Restez chez vous, etc....
Parece-meque nem durante a 2ª guerra mundial se deu tanto valor à casa como agora, porque durante os bombardeamentos as pessoas eram convidadas a ir para os abrigos subterrâneos, nomeadamente para as estações de metro nas cidades que já o tinham.
Nesta crise provocada pela pandemia, um dos locais a evitar é precisamente o transporte por essa via, ainda que os sem abrigo façam dessas estações as sua casas. De um momento para o outro a casa, que era para muitos pouco mais do que um dormitório, passou a ser o centro de tudo. Passou a ser o escritório, a escola, o centro comercial, a repartição pública, mas sobretudo e acima de tudo o último reduto, a última fortaleza no combate ao famoso vírus.
Muitos poderão não concordar com esta visão e afirmar que o último reduto serão os hospitais e os profissionais de saúde. Certamente que estas instituições estão a travar uma luta fundamental para salvar as vidas daqueles que estão a ser atingidos pela doença COVID 19, não discordamos disso, mas vários estudos estão a indicar que talvez se esteja a perder mais por causa daqueles que não saem de casa para ir ao hospital.
Assim, a casa passou também a servir de hospital e casa mortuária, para aqueles que estão a sucumbir por causa de outras doenças. A casa passou definitivamente para o centro de tudo, e ainda aí vai ficar durante algum tempo.
Quem não estiver convencido, veja o que tem acontecido aos mais idosos que tiveram que sair de casa, por não terem quem cuide deles, e estão a sucumbir nessas prisões da terceira idade, designadas “lares”.
Chagados aqui poderão perguntar: o que isto tem a ver com a astrologia? À primeira vista parece que não existe tema para pegar na astrologia e continuar a nossa análise. Na verdade, só em aparência,é que isto tudo não parece estar relacionado.
De fato assim é,porque basta olhar para o céu noturno,para ver a olho nu,dois planetas que estão prestes em conjunção. Estou a falar de Júpiter e Saturno.
Nada de extraordinário, dirão os mais entendidos, visto que estes dois planetas entram em conjunção aproximadamente todos os 20 anos. Mas a conjunção Júpiter-Saturno em Aquário em 2020 não é "mais uma conjunção". Durante 10 conjunções consecutivas, os encontros entre Júpiter e Satuno, repetem-se no mesmo elemento para mudar para o elemento seguinte depois de transcorridos 200 anos. Esta sequência segue a ordem natural dos quatro elementos, Fogo-Terra-Ar- Agua pelo que decorrem 800 anos (200X4) antes de voltar a iniciar nova sequência no mesmo elemento. Este ciclo chama-se "Grande Mutação"e marca o inicio de grandes mudanças sociais relacionadas com o elemento e signo (Acuario) implicado, que terão vigência nos 200 anos seguintes.
Estas conjunções são bem conhecidos dos astrólogos e marcam o ritmo no espaço-tempo das mudanças sociais, provocadas por todo o tipo de acontecimentos, mais ou menos relacionados com o signo onde ocorre a conjunção.
Cada vez mais astrólogos e não só, porque historiadores e astrónomos também acompanham, defendem a teoria de que a famosa estrela de Belém indicativa do nascimento de Jesus, se resume a uma conjunção destes mesmos planetas no signo de Peixes. Com efeito, estes dois gigantes do sistema solar, quando juntos, provocam uma luminosidade que ofusca qualquer outra estrela seja ela qual for. Para o efeito até bastaria só Jupiter que, devido ao seu tamanho e à sua proximidade da terra, não tem rival à altura.
Voltando ao tema da casa, podemos desde já dizer que embora ambos estejam atualmente no signo de capricórnio, só um deles está no seu domicílio, vale dizer Saturno, porque é o regente deste signo. Júpiter pelo contrário é um exilado dado que é o regente dos signos de Sagitário e Peixes e tem a sua exaltação em Cancer.
Assim, podemos dizer que Saturno está em casa e Júpiter fora dela, posicionando-se neste momento no lado oposto do signo onde se sente à vontade ou seja câncer.
Contudo a astrologia associa o signo de Cancer à casa, à família, e tudo o que está relacionado com este aspeto da vida social. Em contrapartida, capricórnio está relacionado com o estatuto social, seja ele proveniente do exercício do poder pela via política ou pela via económico-financeira.
Ora aqui está, desde já, um precioso elemento para reflexão. Esta crise do COVID veio inverter muita coisa que estava em andamento para por em marcha outras coisas que estavam a ser postas de lado. Em tão pouco tempo, tanta mudança, tanto travão a fundo, e quantas coisas vieram ao de cima que estavam escondidas.
Como já o referimos a casa passou a ser o centro. Mas digam lá, não é normal que a casa passe a ser o centro de tudo? Não é em casa onde tudo começa? Existiria alguma atividade económico-financeira ou política se antes não tivesse havido a constituição de uma família? Não é a família a raiz da árvore onde se vão desenvolver todos os outros frutos. Parece-me que sim!
Muitos dirão que esta excessiva concentração na casa veio, e irá, provocar muitas separações, muitas doenças mentais, muitos problemas económico-financeiros.
Tudo isso é verdade. Mas também não é menos verdade que só existem separações onde não existe amor, loucura onde ela já estava à solta, problemas económico-financeiros onde eles já medravam à luz da vergonhosa má distribuição da riqueza a nível mundial.
Dizer que tudo estava no bom caminho antes do COVID, e que depois vieram os problemas, só serve para culpar o vírus pelas desgraças que nos vão atingindo sem por em causa toda uma forma de vida insustentável e em rota de colisão contra o simples bom senso.
A excessiva polarização do ser humano nas atividades puramente materiais como a carreira professional e o estatuto social, a programação de viagens para evitar passar mais tempo em casa e a produção desenfreada de coisas e objetos cuja utilidade estará ainda por apurar, foi de um momento para o outro travada a fundo. Houve, em contrapartida,uma focalização mais acentuada naquilo que para nós é essencial. A Vida, mesmo a dos mais idosos, e a definição daquilo que é mesmo necessário para viver de forma condigna.
Não deixa de ser curioso que, estando os dois planetas referidos em capricórnio, o signo do estatuto social e económico, sejam os valores de cancer a emergir com mais força, o signo relacionado com a casa e a família.
Aqui temos em evidência, como o diz a sabedoria oriental, que os opostos se atraem e se complementam.
Passa-se o mesmo com os dois planetas. Saturno é mais frio e restritivo enquanto que Júpiter é mais quente e expansivo. Desta forma temos que Saturno, estando no seu domicílio, lançou um balde de água gelada sobre toda a humanidade e Júpiter está a expandir esse efeito pelo fato de se encontrar no signo do seu exílio.
Este efeito “restritivo expandido” faz-nos pensar que esta crise veio para ficar e que, eventualmente, não sairemos dela sem por em causa todo o modelo de sociedade em que estamos a viver. Já todos tivemos que nos adaptar rapidamente a novas formas de fazer as coisas. Mas essa adaptação foi muito mais forçada que voluntária. O que poderemos agora mudar de forma voluntária?
Para responder a essa pergunta vamo-nos socorrer da vertente menos conhecida da astrologia, aquela que lida com as causas e não só com os efeitos. Sendo uma vertente ainda bastante recente e pouco conhecida do público em geral, a astrologia esotérica vai nos dar pistas sobre o caminho a seguir. Essa é a sua mais nobre missão, porque se não servisse para isso, poderíamos dispensa-la por falta de utilidade. A palavra esotérica contrapõe-se à exotérica. Onde a primeira lida com o interior das coisas, e a segunda com o seu exterior. Como veremos, uma não exclui a outra, antes pelo contrario, porque para haver interior tem que haver exterior, assim como para haver dia também tem que haver noite.
A RAIZ
O lema esotérico do signo de cancer é : “Eu construo uma casa iluminada e nela habito”. Ora aqui temos, mais uma vez, a referência à nossa famosa casa. Contudo, agora essa palavra tem outro significado, mais profundo e mais complexo também. Agora, a casa não é constituída de quatro paredes, mas sim de quatro princípios fundamentais. Agora trata-se da estrutura da personalidade, veículo do principio espiritual que necessita dessa ferramenta para se manifestar na matéria. Por não ser o objeto deste curto texto, não vamos aqui alongar-nos sobre as particularidades desse principio espiritual. Cada um saberá, à sua maneira, reconhecê-lo por si mesmo.
De que casa estamos a falar agora? A personalidade é assim tão complexa? Assim como a casa está abrigada pelo mesmo telhado, não deixa de ter vários compartimentos cumprindo cada um a sua função. Cozinha para a comida e quarto para dormir, cada um tem a sua função. Eu sei que, com este confinamento forçado, passou a reinar alguma confusão porque tudo serviu para ser transformado em local de trabalho ou em local de aprendizagem escolar. As funções sobrepuseram-se, mas curiosamente esse fato não deixa de refletir os estado psicológico da Humanidade. Bem nos podem dizer que a personalidade é constituída pelo corpo físico, o seu duplo etérico, o corpo emocional e o corpo mental. Sim pode ser constituída por esses quatro compartimentos, mas na realidade onde começa um e acaba o outro?
Se nos focarmos somente na amalgama entre emoções e pensamentos, quem pode dizer onde começa uma emoção, ou um pensamento e vice versa. Quem se pode orgulhar de ter um pensamento claro e correto, sem que o mesmo esteja a ser toldado por qualquer emoção, seja ela positiva ou negativa?
Todas as disciplinas de origem oriental, como o yoga ou a meditação, visam precisamente aquietar as emoções para que o pensamento se liberte dessas aguas turvas.
Durante o confinamento forçado, verificou-se que o céu se tornou mais azul, com a redução da poluição do ar, e alguns rios voltaram a ter peixes e aguas cristalinas.
Terá acontecido o mesmo à personalidade humana? O confinamento e paragem forçada também conduziram a uma maior reflexão e tomada de consciência?
A resposta a estas questões ainda está por descobrir. Contudo, à luz da astrologia esotérica, podemos tentar encontrar os caminhos para onde os astros nos estão a inclinar.
Voltando somente, para já, aos dois signos de que já falamos, constatamos que Saturno rege capricórnio tanto exotericamente como esotericamente. Deste ponto de vista, este planeta está duplamente a exercer a sua influência e acima de tudo a jogar em casa, pelo que leva toda a vantagem para poder ganhar este jogo a um Júpiter afligido. Tudo indica que nos esperam ainda longos momentos de contração e restrição .
E por onde se encontra a saída desta situação? Para isso temos que olhar para planetas que não estão visíveis a olho nu.
Como já devem ter notado, só nos temos vindo a referir a planetas lentos, embora visíveis a olho nu. Chegou a altura de considerar mais dois planetas lentos não visíveis a olho nu. Vamos então agora considerar Úrano e Netuno.
Úrano, o planeta associado às revoluções sejam elas cientificas ou sociais, está neste momento no signo de tauro. Depois de ter semeado novas ideias, aquando da sua passagem por aries, chegou a altura de elas germinarem dado que tauro é um signo de terra. Para além disso, este signo está associado às aquisições materiais, nomeadamente ao dinheiro e recursos financeiros. Por aqui já temos uma pista sobre as mudanças que têm que vir a caminho. O sistema financeiro internacional vai ter que sofrer uma remodelação profunda porque o mau uso do dinheiro é a raiz da maioria dos problemas que a Humanidade enfrenta.
Netuno, o planeta associado ao misticismo e à religião, está atualmente em Piscis com quem tem uma grande afinidade. Depois de ter passado por aquário, onde foram lançadas novos fundamentos para uma religião universal, em Piscis os novos padrões tem que começar a ser vividos.
Há, por outro lado, uma associação entre estes dois planetas e o novos caminhos a percorrer se aprofundarmos ainda mais a questão ao considerar o seu efeito a nível esotérico.
Úrano é o regente esotérico de Libra. Aqui temos mais uma vez a questão das leis e a forma como o dinheiro dever ser usado. Mais ponderação, equilíbrio, menos ganância e melhor repartição da riqueza, eis em que sentido as energias nos querem encaminhar. Mais humanismo e menos materialismo, grita Úrano, tanto do ponto de vista externo como regente de Aquário, como interno desde libra. São dois signos de ar, berço de novas ideias devidamente ponderadas, e com vontade de serem postas em prática (Úrano em tauro).
Netuno é o regente esotérico de câncer. Cá estamos novamente de regresso a casa, o centro. A casa é o lugar mais próximo do centro da Terra. O caranguejo tanto vive na terra no na água, mas é acima de tudo, um ser do zero de altitude em contraponto com a cabra do lado oposto, como criatura da montanha e por isso da máxima elevação. É na montanha, principalmente nos seus cumes, que nos encontramos mais afastados de casa, mas ganhamos em altitude. Haverá lugar mais próximo do centro da Terra do que viver à beira mar a zero metros de altitude? À primeira vista parece que não.
O Caranguejo tem esse privilégio. Materialmente não é possível e pratico viver muito abaixo do nível do mar. As profundezas marítimas estão certamente mais próximas do centro da Terra, mas esses são domínios de Netuno, onde a pressão é tal alta que só os peixes de aguas profundas conseguem lá viver. A presença de Netuno em Piscis está a convidar-nos, já à algum tempo, para essas vivências mais profundas. Está na altura de começar a substituir a religião de superfície, clerical, feita de rituais mais ou menos ocos, por uma espiritualidade mais consciente e cheia de conteúdo. Há cerca de dois mil, depois de uma conjunção de Júpiter e Saturno em Piscis, nasceu uma religião a que se designou de cristianismo. Contudo, quanto dos ensinamentos de Jesus-Cristo, se pôs verdadeiramente em prática? Muito pouco certamente.
Onde está o conceito de fraternidade, posto em prática, nesta selva, em que tudo vale para o mais forte liquidar o mais fraco, sem qualquer tipo de piedade. Todo o sistema económico padece logo na sua raiz de um pecado capital: O princípio hedonista. Como pode pode, a soma dos egoísmos individuais, conduzir ao bem maior para todos? Não vejo como!
O evangelho do Cristo tem que passar a reger todos os aspetos da sociedade. Não pode ser somente assunto de uma Igreja, seja ela qual for. Todos os aspetos da Vida têm que ser permeados pelo seu ensinamento. É este o desafio que está à nossa frente. A Humanidade chegou à idade adulta, não pode mais fingir que ainda é um adolescente irresponsável. Vai ter que assumir as suas responsabilidades. Foram postos à sua disposição meios técnicos e científicos que lhe permitem aceder a todo o tipo de conhecimento que antes era partilhado por poucos e quase em segredo.
Esta crise pandémica veio trazer à tona muita coisa que estava escondida. O agitar das aguas, numa primeira fase, tornou tudo mais turvo e muitos ficaram desorientados. Contudo, agora que tudo serenou, a água ficou mais límpida porque a sujidade depositou-se no fundo. Temos ainda que limpar estes resíduos para não voltar a turvar a nossa consciência em situações mais agitadas.
Resta saber como vai ser feita essa limpeza. Talvez consigamos encontrar alguma pista ao considerar outro planeta: Plutão. Dirão que Plutão não é um planeta porque foi desclassificado pelos astrónomos. Para a nossa análise o tamanho não é o único critério. O fato deste planeta entrar na órbita de Netuno, e com ele manter uma ressonância orbital perfeita, basta-nos.
Este planeta está associado à destruição das formas caducas. O fato de ele estar, neste momento, a fazer companhia a Júpiter e Saturno em capricórnio, é muito significativo. Em capricórnio atinge-se o cume das realizações puramente humanas. Normalmente, essas realizações são atingidas já numa idade avançada, onde o declínio físico é acompanhado por uma consciência mais aguçada. Ao atingir o cume da montanha a cabra já não tem mais para onde subir. Se lá ficar, a morte é certa, porque surgindo o inverno, não terá que comer e não suportará o frio.
Em que situação se encontra a Humanidade? Na situação do caranguejo ou da cabra? Do ponto de vista físico não temos dúvidas que é na situação do caranguejo porque a maioria da população mundial vive em grandes cidades à beira mar. Contudo, do ponto de vista psíquico, estará mais próxima da situação da cabra porque as condições mentais e emocionais revelam-se depois nas estruturas económicas e sociais. Não há como fugir a isso. O Homem é aquilo em que pensa. Se o foco da mente está na ascensão económico-financeira, e não na ascensão espiritual, o resultado não pode ser outro.
Assim, todas as estruturas construídas ao longo de centenas de anos, estão agora numa fase acentuada de cristalização. Uma estrutura mais rígida e cristalizada é mais fácil de destruir que uma estrutura mais jovem e flexível. Não é de estranhar que se vá assistindo à queda daquilo que parecia muito sólido. São gigantes com pés de barro! É contra os cumes que as tempestades mais arremessam. Quanto mais alta é uma posição, na estrutura económica, mais frágil ela se torna. Em contrapartida quanto mais baixa a posição mais segura ela é.
Plutão, associado à morte e ao fim seja do que for, é o regente esotérico de Piscis, o último signo do zodíaco. Neste momento, ao transitar capricórnio, está ajudando a eliminar velhas estruturas mentais. Recordamos que, em algumas tradições, o signo de Capricórnio surge representado por uma cabra com cauda de peixe. Este simbolismo remete-nos para verdades que normalmente estão ocultas, enquanto não as vivência-mos sob uma forma muitas vezes subjetiva.
De fato, quem nunca teve a sensação que uma ideia, ou uma certa forma de fazer as coisas, tendo chegado ao seu ápice deve dar lugar a outra sob pena de não acrescentarmos mais qualquer valor. A teoria económica conhece muito bem este conceito ao estipular que, quando uma unidade entra em rendimentos decrescentes, deve mudar de dimensão. Trata-se, antes de tudo, de uma questão de economia. O Universo funciona assim.
No signo de capricórnio atinge-se o ápice da realização e os sinais da morte eminente começam a surgir. Em aquário faz-se o expurgo daquilo que deve permanecer, através da mudança, para em Piscis, provocar a morte de tudo o que não serve mais.
A evolução não consente desperdícios. A forma caduca tem que morrer para dar lugar a outra mais perfeita. Querer manter tudo como está, ou querer voltar ao passado, vai contra a leis da Natureza. O eixo capricórnio-câncer está, de certa forma, associado ao passado porque tanto a Lua como Saturno estão associados à experiência já adquirida. Saturno é muitas vezes referido como o planeta do Karma, a posição da Lua revela onde já falhamos e que agora deve ser compensado.
Esta crise do COVID, não deixa se ser um acerto karmico coletivo, necessário à obtenção de um bem maior. Aqui, o bem maior, não deve ser visto no sentido moralista. O bem é a evolução, ainda que seja dolorosa, o mal é querer voltar ao passado, ainda que isso implique menor esforço e mais prazer imediato.
Por isso, parece-nos que o caminho está bem à vista: Evoluir. Temos que deixar morrer aquilo que já não serve para ir no encalço daquilo que nos falta para ascender. Ascender, eis a chave para a saída desta crise.
É curioso que seja obrigatório o uso de marcara em locais públicos. Assim, não vemos a boca e o nariz das pessoas, e temos que prestar mais atenção ao seu olhar. Não é referido na sabedoria popular que os olhos são o espelho da Alma?
SIRIO
"a estrela da sensibilidade"
Estamos todos a ser convidados a olhar para a ALMA das coisas, no lugar de nos mantermos somente no seu lado exterior. Estamos a ser convidados a ir até ao âmago de tudo, no lugar de nos mantermos na superficialidade da matéria. Enfim, estamos a ser convidados a voltar a casa. E que casa é essa?
Como nos diz o Mestre Tibetano:
Câncer-Capricórnio-Saturno (expressã́o da energia de Sírio) capacitam o aspirante para palmilhar a senda da purificacão ou provacão. Estas energias focalizam e qualificam a energia da grande Loja do Altíssimo nesse distante Sol. Derramam-se, através da Hierarquia, sobre a massa humana e permite ao individuo dessa massa “ isolar-se e virar as costas ao passado e encontrar o seu caminho em direção a esse setor da Senda em que aprende a sentir”.
O regresso a Casa .., para aprender a Sentir!
Amílcar Rodrigues
logos.astrologiaesoterica@gmail.com
Muito bom.Obrigada!
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