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Os 3 níveis do horóscopo

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Urano e o conhecimento do oculto





Urano e o conhecimento do oculto

O desejo, tanto o egoísta como o necessário, converte-se em aquisição de conhecimento, e o conhecimento do que está oculto em qualquer etapa do caminho de evolução relaciona o indivíduo com Urano.

A situação de Urano no horóscopo (casas, aspectos, regências) nos indica as possibilidades de conhecimento que mascaram os nossos desejos. É uma evidência para a astrologia exotérica e esotérica que Urano mostra seu poder para nos dar independência, dinamismo e desapego e, assim, conquistar um conhecimento claro sobre a nossa individualidade original. Urano, através de seus trânsitos, sobretudo em casas angulares e com aspectos duros com outros planetas, revela o que o caminhante no caminho necessita descobrir para avançar.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Escorpião






Escorpião: a solução do conflito interno

O mantra espiritual de Escorpião é: “Guerreiro eu sou, e da batalha emerjo triunfante.”
A relação entre o Eu Superior e o eu inferior é muitas vezes representada como uma luta. Poderia ser representada também como uma dança, por exemplo, ou uma conversa, ou um trabalho conjunto. Mas a luta, realmente, simboliza bem certos aspectos dessa relação entre o superior e o inferior dentro de nós. E pode ser de grande valia refletir sobre isso.
O eu inferior, também chamado de personalidade, abrange o corpo físico, as emoções e a mente analítica. O Eu Superior, também chamado de alma, é a mente intuitiva, a sede dentro de nós da sabedoria, do amor, da vontade espiritual e de todas as demais qualidades superiores. Naturalmente, o eu inferior tem uma percepção bastante limitada e ilusória sobre si mesmo, os outros e o mundo. Na sua visão, todos os seres estão separados e ele é independente e isolado dos demais. Já o Eu Superior tem um percepção muito mais abrangente e exata sobre as coisas. Ele vê a interligação e interdependência em tudo e percebe a si mesmo como um com todos.
A partir de cada uma dessas duas visões, surgem objetivos de vida diferentes, com motivações e condutas correspondentes. O eu inferior vê o egoísmo como bem, enquanto o Eu Superior percebe que o bem é o altruísmo. Contudo, as duas visões (a mais estreita e a mais ampla) existem dentro nós. Ao longo dos dias e das semanas, nós costumamos oscilar entre um foco maior numa dessas visões e um foco maior na outra. Em certas situações, até conseguimos perceber o conflito dessas duas visões dentro de nós, cada uma delas procurando prevalecer naquele momento. E muitas vezes, ao enfrentarmos alguma decisão, ficamos divididos entre escolher o que parece bom para o eu inferior ou o que o Eu Superior percebe como melhor.
Toda essa situação é ainda mais complicada devido ao fato de que, em diversas circunstâncias, não sabemos com clareza qual alternativa está de acordo com os interesses do eu inferior e qual está de acordo com os do Eu Superior; vemos as alternativas, mas não discernimos o que está por trás delas. Frequentemente, as coisas não são o que parecem, e o egoísmo facilmente se disfarça de altruísmo — dentro de nós mesmos!
O local onde todo esse conflito interno pode ser resolvido é o campo mental. 
A mente analítica e a mente intuitiva devem aprender a se entender mutuamente e trabalhar juntas. A mente intuitiva deve esclarecer a mente analítica, e esta, por sua vez, deve então orientar as emoções e as ações de acordo com o esclarecimento obtido. Isso significa que a solução é a mente analítica buscar internamente a visão maior da mente intuitiva. Mas, além disso, depois de iluminada pela luz superior, a mente analítica deve lançar essa luz sobre as emoções e ações. É como se a mente analítica tivesse que explicar (pacientemente e quantas vezes for preciso) para a faceta emocional e o corpo físico aquilo que foi compreendido, para que eles possam se ajustar e participar adequadamente.
É assim que o indivíduo pode sacrificar alegremente os seus estreitos interesses egoístas em favor dos interesses maiores coletivos. É assim que o Eu Superior triunfa e o eu inferior se torna seu parceiro. Então, cada um deles desempenha o seu devido papel: o Eu Superior indica o propósito, os princípios e os valores da vida; e o eu inferior é quem deve fazer a aplicação prática e materializar tudo isso. Não há vitória sem união. A vitória do Eu Superior não se trata de derrotar o eu inferior, mas de conquistar a sua cooperação.


Ricardo Georgini; ricardogeorgini@yahoo.com.br

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

7 Raios 7 Planetas



                     
7 raios (qualidades) 7 planetas (sagrados)

Os 7 raios são as 7 energias básicas que vivificam e constroem através da matéria básica primordial (prakriti) todas as formas do universo, conduzidos e regidos pela “mente de Deus” ou propósito primordial.

Raio é o termo aplicado a uma força ou a um determinado tipo de energia que enfatiza a qualidade que exibe tal força, e não o aspecto forma que ela cria. Esta é a verdadeira definição de raio.

(Alice Bailey - Psicologia Esotérica I, 250)

Portanto, quando falamos de raios, não falamos de formas expressas, mas das consciências ou qualidades que estas aparências contêm.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Mapa natal de Jesus de Nazareth





Jesus o Homem

Olá, sou estudante de Astrologia e um fervente admirador do pensamento de 
Alice Bailey – O Tibetano.

Escrevo-lhes este e-mail, para lhes dizer que não há muito, lendo a última parte 
do livro de Urantia*, onde se relata de maneira amorosa e coerente a vida de 
Jesus, descobri uma série de datas* sobre Sua vida, entre elas a do nascimento. 

Em seguida me fui ao computador e qual não foi a minha surpresa ao descobrir 
esta sensacional carta que encaminho em anexo; se os Reis Magos eram 
astrólogos, sabiam para onde se dirigiam!!

Era incrível, todos os planetas chamados antigos estavam em sua regência, 
menos Saturno que está “agarrado” por Júpiter, os três planetas chamados 
modernos exerciam um papel importantíssimo. 

A personalidade do Leão (sol) iluminava um grande triângulo de água. 

intensa devoção estava escrita, (ascendente Escorpião, Marte conj. Netuno). 

A importância, peso, sensibilidade e tradicionalismo da Mãe, junto com a 
nutrição do equilíbrio da forma lunar como expressão das qualidades da Alma, 
também estavam presentes na excepcional Lua em Câncer. 

Urano em IV, as raízes, revolucionava as 
antigas escrituras tradições e costumes com sua inspiração cósmica.
A conjunção das duas maiores na cúspide da V, Piscis como símbolo da  
criatividade da Nova Era. 

Vênus em Libra desde a XI (a Humanidade) e sem contato claro com a figura 
de aspectos, exercia “leif-motive”, acompanhado por a parte da Fortuna, 
na cúspide, conjunta a Espica a grande benéfica. 

E por cima de tudo na casa X aparecia o símbolo da Esfinge, a união da Virgem 
o Leão, a Alma e a Matéria, a energia divina em ascensão sendo o Sol a base consciente, Plutão a vontade transformadora, e Mercúrio (Budhi), a mente intuitiva 
em CRISTO exercendo de fio condutor, Amor, o grande fio de “prata” que une Personalidade, Alma e Espírito.



GEOMÉTRICA, BALANCEADA, DINÂMICA.

Como diz várias vezes em Seus livros Djwal Khul, há que crer cada vez mais na 
intuição; minha intuição me diz que é verdadeira e a dos senhores?

JESUS foi e é relação inofensiva ou positiva de um bonito passear, o andar
do rouxinol.

Um Abraço



Reflexão mais extensa sobre este maravilhoso horóscopo:

Jesus-de-Nazare

O raio regente de Sua Alma:

Como síntese, e astrologicamente falando, Jesus usou e mostrou o carisma do 

Leão, o magnetismo triunfante de Escorpião, a sensibilidade do Caranguejo, a 

pureza inteligente de Virgem e o belo e temperado equilíbrio da Balança, para 

expressar em Seu ambiente (simbolicamente o Mundo, a Humanidade), a 

mensagem magnânima do Amor Universal que contém e sustenta 

Seus magníficos Peixeso signo do Salvador.




Referências Exotéricas Astrologicas


Para nós, astronomicamente falando, a Estrela de Belém é a grande conjunção Júpiter

Saturno que se deu em Peixes no ano -6 Greg ou -7 Jul. Podemos observar esta 

conjunção claramente no horóscopo e se repetiu três vezes aquele ano, sendo o 

anúncio da chegada da era de Peixes como também a do nascimento de seu maior 

Avatar, Jesus.


Jesus teve que nascer por pelo menos um ano ou poucos anos antes que o ano -4, já que 

segundo nos diz o Evangelho e certas referências históricas, Jesus nasceu nos últimos 

anos do mandato de Herodes e se sabe que historicamente Herodes morreu nesse ano. 


O Mestre teve que nascer com o sol em Câncer Leão ou Virgem, porque se sabe que por 

aquele então (e também atualmente) era nessa época do ano quando na Palestina, como nos 

dizem os Evangelhos, os pastores ficavam na noite com suas ovelhas ao ar livre. 


A carta sideral varia apenas três graus e meio para diante da tropical.



Fontes de informação:


O Livro de Urantia é um livro canalizado nos anos 30 nos Estados Unidos, 

encontra-se na internet traduzido em vários idiomas. Na última parte há uma esplêndida 

biografia de Jesus, onde o máximo  interesse está em ressaltar o Jesus humano, alegre, 

sensível, dinâmico e amigo e não o Homem na cruz.


No capitaulo do “Nascimento de Jesus” ((1351.5) 122:8.1)) nos dice:


“Durante toda essa noite Maria estivera inquieta, de forma que nenhum dos dois dormiu 

muito. Ao amanhecer, as pontadas do parto já estavam bem evidentes e, no dia 21 de 

agosto do ano 7 a.C., ao meio-dia, com a ajuda e as ministrações carinhosas de 

mulheres viajantes amigas, Maria deu à luz um pequeno varão. Jesus de Nazaré havia 

nascido para o mundo; encontrava-se enrolado nas roupas que Maria tinha trazido consigo, 

para essa contingência possível, e deitado em uma manjedoura próxima”.



David C.M.
logos.astrologiaesoterica@gmail.com

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

7 Libra











Libra: a busca do equilíbrio

O mantra espiritual de Libra é: “Eu escolho o caminho que conduz entre as duas grandes linhas de força.”
Essas “duas grandes linhas de força” são aquilo que chamamos de espírito e matéria. Essa é a grande dualidade fundamental no universo. Espírito e matéria são forças complementares, e é a interação entre os dois que cria todas as coisas existentes. Em cada coisa, tanto espírito como matéria estão presentes, em variadas proporções. A perfeição consiste no equilíbrio entre essas duas forças, ou seja: as duas se relacionarão de maneira que cada uma desempenhe o seu devido papel, em harmonia com a outra.
O equilíbrio entre espírito e matéria é alcançado através do grande processo evolutivo que está acontecendo em nosso universo — um processo do qual somos parte. Esse processo envolve primeiro a experiência e o conhecimento da matéria, depois a experiência e o conhecimento do espírito, e finalmente o equilíbrio entre ambos. Numa analogia talvez excessivamente simples, é como se fossemos medir quanto é a metade de um objeto: para isso pegamos a ponta de uma fita métrica e encostamos numa extremidade do objeto, depois estendemos a fita até a outra extremidade do objeto, assim conhecemos o seu tamanho total e só então podemos encontrar o seu meio. Portanto, ir de um extremo ao outro faz parte do processo de conhecer o todo, para então poder equilibrar corretamente.
A consciência humana está focalizada principalmente no lado material das coisas e simplesmente desconhece o lado espiritual. Assim, mesmo que não perceba, o ser humano leva uma vida desequilibrada e parcial, uma vida na qual predomina a materialidade. O que para nós parece equilíbrio ainda não é o verdadeiro meio-termo, pois ignoramos muita coisa. Como vemos só uma parte, achamos que o equilíbrio está ali em seu meio. Se víssemos o todo, perceberíamos que o ponto médio ainda está distante.
A espiritualidade é um convite a descobrir o outro lado, para assim descobrir o todo. Uma parte já conhecemos: a material; está faltando conhecermos a outra. A espiritualidade é um convite ao equilíbrio, mas um equilíbrio cada vez mais abrangente e completo. A descoberta do outro lado é um processo gradual. Cada novo pedacinho que vemos e incluímos nos leva a reposicionar o que consideramos como o meio. Por isso, em nossa busca por equilíbrio, devemos estar atentos para não estagnarmos numa concepção fixa de como o equilíbrio é. O que consideramos como equilíbrio vai mudando à medida que a consciência se expande.
A grande dualidade universal de espírito e matéria reflete-se no plano emocional como o que é chamado de pares de opostos — prazer e dor, felicidade e sofrimento, afeto e raiva, atração e repulsão, etc. Esses pares de opostos apresentam a cada ser humano o primeiro campo de treinamento em equilíbrio. Normalmente, o ser humano vive ocupado com esses opostos emocionais, lutando com eles, distraído com eles, e não percebe a dualidade principal de espírito e matéria. Quando o indivíduo compreende que esses dois opostos emocionais são ambos parte da vida, quando pode aceitar ambos e ficar indiferente diante eles, então, tendo alcançado o equilíbrio emocional, torna-se possível confrontar a dualidade principal e avançar em direção a um equilíbrio maior.

Ricardo Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Os Raios da Humanidade




Os Raios da Humanidade

Os raios da personalidade (expressão) e da alma (consciência) que regem a humanidade são o 5 e o 4, respectivamente.

Certamente a humanidade se expressa (personalidade) através da qualidade do 5R, a raça humana analisa, separa, discrimina, julga, conhece, ilumina, sabe, utiliza… sua grande necessidade e senso comum é demonstrar de forma concreta, prática, racional e científica.

Mas a Alma ou consciência profunda do reino humano é um 4R: a luta por harmonizar o inferior com o superior, o intenso conflito criador, compreender que tanto o guerreiro como seu conflito e ideal são o mesmo. É nesta luta em que o ser humano dá o melhor de si próprio, e são expressões deste maravilhoso esforço a magnífica música clássica alemã, a explosão de beleza do renascimento italiano, o “caos e cor” do Brasil, a profundidade do pensamento oriental, a grande diversidade expressiva da Índia, as sinceras dúvidas de Arjuna, o gênio de Mozart, DaVinci, a curiosidade insaciável de Mercúrio, a intensidade de ESCORPIÃO...

Na verdade é este grande conflito que a raça humana vive a razão de ser da sua beleza.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Virgem: gestação da consciência amorosa



Virgem: gestação da consciência amorosa

O mantra espiritual de Virgem é: 

“Eu sou a mãe e o filho. Eu, Deus, matéria sou.”

Os ensinamentos esotéricos representam o processo evolutivo do ser humano como uma gestação. É uma maneira simbólica de dizer que, na vida humana, há algo se desenvolvendo internamente, e gradualmente sendo formado, nutrido e preparado. Este algo é a consciência, é o amor e a sabedoria.

Uma gestação é resultado da relação entre o pai e a mãe. Na simbologia esotérica, o pai é o espírito, que fecunda a mãe matéria. Portanto, o espírito é a causa da evolução, mas é a matéria que proporciona o campo onde toda evolução pode acontecer. São as experiências em meio à matéria e a vida no mundo que permitem à consciência se desenvolver.

Durante a gestação, o filho permanece escondido e protegido dentro do corpo da mãe. O mesmo acontece com as qualidades amorosas da consciência: em seu processo inicial de desenvolvimento, elas permanecem ocultas no interior do indivíduo e não conseguem vir à luz e se mostrar na vida dele. Mas essa ausência de demonstração externa não significa que tais qualidades não estejam sendo lentamente cultivadas e aprendidas. Todos os seres humanos não passam de mães da consciência amorosa; a única diferença é que alguns já deram à luz e outros ainda estão esperando...

Ao longo da gestação, o corpo da mãe vai se alterando para acomodar e nutrir o filho ali dentro. Se não soubermos que se trata de uma gravidez, podemos achar que essas alterações são sintomas de alguma doença. Semelhantemente, no desenvolvimento da consciência interna do ser humano, muitas vezes parece que há algo de errado com o indivíduo. Começam a surgir questionamentos, insatisfação, novos interesses... Toda a sua estrutura de vida (interna e externa) que estava tão bem estabelecida agora começa a sofrer influência dessa consciência interna que está crescendo. É um processo delicado de reajustamento, muitas vezes lento, e a nova consciência que está emergindo precisa ser protegida para que possa vingar. Quando não compreendemos o que de fato está acontecendo e queremos logo corrigir as coisas, resolver tudo e ver resultados, podemos acabar atrapalhando a gestação do novo.

A hora do nascimento é o momento mais delicado de todos, é a hora de maior dificuldade e é quando a mãe sente as dores do parto. Similarmente, no processo de amadurecimento da consciência em cada indivíduo, chega um ponto em que a sabedoria e o amor devem vir à luz e demonstrar-se praticamente na vida. Nesse momento, os acontecimentos e situações da vida costumam moldar-se de maneira bastante difícil para o indivíduo, oferecendo-lhe um grande desafio e prova, que requer justamente uma grande demonstração de consciência amorosa. A vida presenteia o indivíduo com uma crise e impasse, que só poderá ser resolvido pela aplicação de toda a sabedoria que existe nele. Quando essa situação crítica é reconhecida e aceita como uma inestimável oportunidade evolutiva, então pode ser encarada sem sofrimento desnecessário e resolvida mais simplesmente.

O mantra de Virgem nos ensina que nós somos a mãe, mas somos também o filho; somos o passado, e também somos o novo. O amadurecimento da consciência espiritual traz a percepção de que somos um com tudo, até mesmo com a divindade. E então a divindade, que é amor e sabedoria, passa a ser vista em todas as coisas, em todos os acontecimentos e em todas as pessoas, mesmo que ainda esteja apenas germinando silenciosamente...

Ricardo Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Leão



Leão: consciência de si
O mantra espiritual de Leão é: “Eu sou Aquele e Aquele sou eu.”

O eu mencionado nesse mantra não é o pequeno eu pessoal ou a nossa personalidade (mental, emocional e corporal). O mantra fala sobre a ampla consciência do Eu Superior ou alma, que sabe que é um com o Todo Maior (“Aquele”). Mas nós somos simplesmente humanos, e isso significa que cada um de nós ainda está no caminho de descobrir que é a alma, para assim descobrir a sua unidade com tudo e com todos.

Sob o Plano Evolutivo, o progresso da consciência começa pelo desenvolvimento de uma consciência individual ou pessoal, que depois se amplia tornando-se consciência grupal ou coletiva, e ainda depois chega a ser consciência planetária ou universal. Mas para garantir esses desenvolvimentos posteriores, deve haver aquele ponto de partida consistente, aquele firme ponto de apoio para a consciência, e esse é o eu pessoal. A consciência individual ou autoconsciência é apenas o começo da jornada espiritual consciente, mas é um passo tremendo, profundamente significativo e imprescindível.

O processo de desenvolvimento do eu pessoal é marcado por muitas características e buscas que tenderíamos a classificar como antiespirituais, mas que são simplesmente a preparação para a espiritualidade. No mundo das formas materiais, todas as coisas são conhecidas por comparação, e assim o eu busca conhecer a si mesmo comparando-se e competindo com os demais. O eu testa o seu próprio poder desafiando o mundo ao seu redor. Para construir e consolidar a própria identidade, o eu procura afirmar-se perante os outros. Mas quando, por meio dessas experiências, o eu finalmente conhece o seu valor, todas essas características da consciência imatura são naturalmente transcendidas e dão lugar a outras buscas, mais amplas.

A compreensão do próprio eu torna possível compreender que o outro também é um eu

Ao conquistar a consciência de mim mesmo, posso deixar de me comparar com outro e começar a ter consciência do outro. Então o outro deixa de ser para mim apenas um objeto, e torna-se, por assim dizer, um co-sujeito. A competição dá lugar à busca de cooperação. O indivíduo descobre aquilo que tem em comum com os seus semelhantes, e se une a eles para empreenderem uma busca grupal. Assim o indivíduo coopera com o grupo, não por lhe faltar desenvolvimento e poder pessoal para fazer diferente, mas porque começa a ter consciência de si como uma célula do grupo. Ele se identifica com o propósito do grupo e escolhe apoiá-lo. A cooperação consciente é, portanto, muito mais que estar junto, seguindo o rebanho; é uma participação voluntária e inteligente, fazendo a diferença, co-criando, enriquecendo e fortalecendo o grupo.

Através da experiência grupal, além de compreender que existem outros eus no mundo, o indivíduo começa a compreender também que existe um Eu Uno, abarcando todos os eus em Si. Finalmente, ele começa ter consciência de si como uma célula do Uno ou do Todo Maior (Deus, como alguns preferem chamar). Então o eu considera a si mesmo como apenas um representante e agente do Uno, e a genuína consciência disso é simplesmente um perfeito equilíbrio entre valor próprio, humildade e responsabilidade.

Talvez o maior mistério sobre Deus seja que Ele está verdadeiramente no ser humano. E talvez a maior revelação sobre o ser humano seja que ele é verdadeiramente expressão de Deus.

Ricardo Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Dualidades e Triplicidades






Dualidades e Triplicidades


Falar de Astrologia sem falar das leis que regem o Universo é o mesmo que falar do nosso corpo sem nunca ter estudado anatomia. Para além disso, se pretendemos que esta disciplina milenar não sendo considerada ciência pela comunidade científica (e com razão porque ela ainda não o é tal como é estudada e apresentada pelos astrólogos) venha de facto a ser a rainha das ciências no futuro, temos todos que começar por uma nova abordagem a este problema.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Câncer: a morada da alma






Câncer: a morada da alma
O mantra espiritual de Câncer é: “Eu construo uma casa iluminada e nela habito.”
Uma casa é um abrigo, um ponto de apoio no mundo e uma base de operações. Para estar em meio ao mundo material, a alma (o puro ser ou pura consciência) também precisa de uma casa ou habitação, um suporte material. Por isso a alma constrói para si três instrumentos: um veículo mental (nossa mente), um veículo emocional (que costumamos chamar de coração) e um veículo físico (nosso corpo). Esses três constituem a nossa personalidade, que é verdadeiramente a morada da alma.
Nesse processo de adotar uma forma mental, uma forma emocional e uma forma física, sempre existe limitação. A consciência fica limitada pela forma. Em si mesma, a alma é pura potência e plenitude de possibilidades. Mas ao habitar uma mente, um coração e um corpo, apenas algumas capacidades e qualidades da alma conseguem se manifestar. Por outro lado, a forma permite que a alma participe da vida coletiva no mundo, se manifeste em alguma medida e expresse pelo menos algumas de suas qualidades. Manifestação e limitação andam juntas; sem limitação não há manifestação. Isso é algo que todos devemos aprender. Quando não abrimos mão de fazer tudo, acabamos não fazendo nada. A chave é saber fazer alguma coisa.
Mas além dessa limitação inevitável, comumente ficamos ainda mais limitados porque nos identificamos demasiadamente com a nossa própria personalidade. Achamos que somos só mente, emoções e corpo; não sabemos que somos a consciência interna que habita esses três veículos. A alma é transcendência e poder transformador, mas quando não estamos em sintonia com essa nossa essência, acabamos nos cristalizando e nos restringindo a certos modos de pensar, sentir e agir. Então expressamos sempre apenas as mesmas qualidades, e deixamos de expressar tantas e tantas outras possíveis.
Conhecer a si mesmo como alma é estar aberto para a autotransformação e a expressão cada vez maior dos próprios potenciais. Quando sabemos que somos a consciência interna, plena de possibilidades, compreendemos que podemos e devemos aperfeiçoar nossa mente, coração e corpo, para que sejam melhores veículos para a alma, expressando mais e mais das suas qualidades. Esse autoaperfeiçoamento acontece através do próprio pensar, sentir e agir, pois cada ato nosso sempre contribui para a continua reconstrução da nossa personalidade.
Todo ato de pensamento, por exemplo, contribui para reconstruir a nossa mente, reforçando uma ou outra qualidade, dependendo do que for pensado. Através da reflexão sobre as qualidades da alma (como amor, sabedoria, boa vontade e alegria), podemos impregnar mais e mais a nossa mente com tais qualidades, até que, com o tempo, se tornem o nosso modo normal e espontâneo de expressão mental.
A nossa personalidade é hoje aquilo que fizemos dela até agora, e podemos torná-la o que quer que escolhamos. Basta orientar o nosso pensar, sentir e agir na direção escolhida, e a transformação inevitavelmente acontecerá com o tempo, seja longo ou curto. Podemos desenvolver quaisquer habilidades e aprender qualquer coisa. Tudo o que é possível está dentro de nós como semente. E cada dia é uma preciosa oportunidade para fazermos desabrochar o potencial de nossa alma, revelando toda a sua beleza, luz e amor.

Ricardo Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Gêmeos: dois em um


                                                                            Gêmeos: dois em um


O mantra espiritual de Gêmeos é: 

“Reconheço o meu outro eu e, no minguar deste, eu cresço e brilho.”

Gêmeos é o signo das dualidades, e para o ser humano a principal dualidade é entre o seu pequeno eu e o Eu Superior. O pequeno eu é o que normalmente conhecemos como a nossa personalidade; abrange a mente, a natureza emocional e o corpo físico. O Eu Superior é a nossa alma: a essência espiritual em nosso íntimo, o puro ser, pura consciência.

O pequeno eu é o veículo ou instrumento do Eu Superior para o desenvolvimento da consciência. É através das experiências no mundo material que a consciência superior vai gradualmente despertando, se desenvolvendo e se consolidando. E chega finalmente um ponto em que essa consciência superior pode conhecer o pequeno eu pelo que ele é. Então o indivíduo percebe e vivencia a sua personalidade como apenas uma parte do seu ser, e não mais o todo. Ele sabe que é mais do que a sua própria personalidade.

O mantra de Gêmeos fala sobre essa possibilidade de o Eu Superior reconhecer o outro eu. Nesse reconhecimento a partir do mais elevado que há em nós, existe sempre uma atitude de aceitação, compreensão, boa vontade consigo mesmo. Há uma grande diferença entre a personalidade perceber a si mesma, com suas limitações e imperfeições, e a alma perceber a sua personalidade, com as limitações e imperfeições dela. No primeiro caso, é comum o surgimento de insatisfação, frustração, culpa, luta, etc. No segundo caso, essas distrações estão ausentes, e existe simplesmente a compreensão do trabalho de aperfeiçoamento que ainda precisa ser feito.

A energia de Gêmeos estimula o aperfeiçoamento de todos os tipos de relações, inclusive a relação interna entre esses dois eus em nós. Quando o mantra fala sobre o pequeno eu minguar, não se refere a um enfraquecimento e empobrecimento da personalidade. Trata-se apenas de a personalidade passar para o segundo plano, para que a alma possa vir para o primeiro plano. A personalidade é o agente da alma em meio ao mundo, e deve ser um instrumento forte, hábil e luminoso. Tudo o que é preciso é que esse instrumento se mantenha sempre a serviço da alma, e não de interesses egoístas e egocêntricos.

Entretanto, muitas vezes, na vida humana, não sobra espaço para a alma aparecer e atuar através de seu instrumento, porque a própria personalidade sobressai o tempo todo. O pequeno eu se mantém ocupado consigo, interessado em si, buscando apenas seus próprios objetivos, falando de si mesmo, procurando se afirmar e se destacar. A personalidade esquece que é apenas um instrumento... Já o Eu Superior, ao contrário, sabe que é um com o Todo, e a sua vida é puro amor e consagração ao bem comum. Quando a alma está se expressando através da personalidade, o indivíduo não fica falando de si mesmo, mas fala de ideias; não vive para si mesmo, vive por ideias, pela verdade, pela justiça, pela liberdade...

Dessa maneira, tais ideias espirituais podem crescer e brilhar através da personalidade. E esse é o grandioso papel que o pequeno eu tem a desempenhar. Quando a personalidade pretende ser importante por si mesma, existe apenas ilusão e distorção; mas quando a personalidade se permite ser grande por servir algo maior, aí ela encontra a verdadeira e plena autorrealização.

Ricardo Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br

terça-feira, 24 de abril de 2012

Buda - Touro




                                                                        O Último Sermão do Buda


Um sábio conselho.


Antes que chegue a Lua cheia de Touro e todo ser sensível tenha a oportunidade de tomar contato com as “intenções” divinas; gostaríamos de publicar neste blog um fragmento do último sermão do Buda.
Em verdade e como diz o Buda, nada pode ser aprendido a não ser a partir da própria experimentação, o que se pode ver muito claramente na forma de aprender das crianças.


Um fragmento do último sermão
Oh! Ananda, sejam lâmpadas para vocês mesmos. Confiem em vocês mesmos, e não dependam de nenhuma ajuda externa. Sustentem a verdade como lâmpada. Busquem a salvação tão só na verdade. Não busquem assistência de ninguém mais além de vocês mesmos”.
E Ananda, como pode um irmão ser uma lâmpada para si mesmo, confiando em si somente sem depender de ajuda externa, sustentando a verdade como sua única lâmpada e buscando a salvação tão só na verdade, sem buscar ajuda de ninguém mais além de si mesmo?
Oh! Ananda, permite a este irmão se enfocar no corpo para que agora que ainda é vigoroso, pensante e atento, possa, enquanto ainda existe no mundo, superar a aflição que surge do seu corpo anelante. Permite enfocar-se agora nas sensações, para que enquanto ainda é vigoroso, pensante e atento, possa superar a aflição que surge das mesmas. E permite também que, enquanto pense ou raciocine, ou sinta, possa observar seus pensamentos que sendo tão fortes, profundos e plenos como podem ser, lhe permitam, enquanto existe no mundo, superar a aflição que surge dos anseios pelas ideias, raciocínios ou sensações.
Tão só aqueles, que agora ou depois de minha transição, sejam lâmpadas para si mesmos, confiando tão só em si mesmos e não em qualquer ajuda externa, sustentando a verdade como sua lâmpada, e buscando sua salvação somente nela, sem buscar assistência mais além de si mesmos, tão só esses, Ananda, entre todos os meus bhikkhus (monges), serão os que alcançam as alturas mais sublimes! Mas devem estar ansiosos por aprender”.


                                                                                                                               o adeus do Buda


Se analisarmos atentamente o texto veremos que a palavra chave é a auto-observação, saber nos observar honestamente é o primeiro passo para a autoconsciência ou sentimento de liberdade.


Pensando na próxima Lua cheia de Wesak

domingo, 8 de abril de 2012

Saturno Lua





 









Nova Astrologia 
(parte 3)




“Saturno em conflito com a Lua”

Todo astrólogo sabe que a relação por quadratura em oposição ou conjunção de Saturno com a Lua é uma relação difícil e geradora de frustração.

Para a astrologia mais tradicional Saturno é “o grande maléfico”, a disciplina, frieza, impedimento… e a Lua é a “emoção da mãe-filho”, a infância, o feminino ou maternal, a mente instintiva. Aqui a psicologia analítica nos diria que o filho teve uma experiência maternal restritiva e que isto é o reflexo da sua atitude fria e pouco confiante perante a vida.

A nova astrologia não nega o dito acima, mas também afirma que a Lua é a mãe de todas as formas e portanto é a prisão da Alma. É através do corpo-forma que a Alma se expressa e experimenta a vida sensível no planeta Terra. Este corpo de expressão ou pitris lunares é composto de matéria físico-emocional e mental, sendo a emocional a mais condicionante.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Nova Astrologia (2 parte)

               


                      
Nova Astrologia 2ª parte: 

“níveis de consciência”


Como dissemos no capitulo anterior, antes de afrontar a interpretação de uma carta natal, todo bom astrólogo deve refletir sobre o nível evolutivo do dono da carta. Isto se pode fazer de várias formas, mas a mais aconselhável é um encontro objetivo e pessoal com a pessoa a tratar.

Também é preciso dizer que o nível evolutivo do astrólogo é muito importante, mas neste caso damos por assentado que todo astrólogo que sente atração e interesse pela “astrologia da Alma” demonstra que deu um passo no caminho.

sábado, 31 de março de 2012

Nova Astrologia (1 parte)




A Nova Astrologia 1 parte: 

“Necessidade de Síntese”


A astrologia, como toda ciência, está sempre em evolução, e este Caminho está marcado pela evolução da consciência da humanidade.

É evidente que a consciência humana sofreu e está sofrendo fortes mudanças desde a chegada da “modernidade” (150 anos), e com ela a abertura e chegada ao grande público de todo tipo de informação até há pouco considerada secreta ou extravagante.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Espírito e Matéria






A relação Espírito … Matéria

A ciência já admite que substância e luz são o mesmo, e como já disse Helena Blavatsky, Espírito e Matéria são duas partes do UNO em diferentes graus de evolução ou manifestação.
A Chispa Divina ou Espírito decide (deseja) se manifestar, a Mãe (Matéria-Maria) decide (deseja) receber a penetração desta Vida Espiritual, e para que isto ocorra só há um Caminho, a relação.
Através deste contato, a Matéria reage mostrando: inteligência, atividade, harmonia, beleza, ciência, sentimento, magia…, por sua vez, o Espírito mostra: vontade de ser, de vida, de poder, de sacrifício …, Ele desce à terra para dar expressão à sua vontade, Ela o recebe para poder subir ao céu.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Aquário, fluxo de Vida e Amor




                                                           
Aquário

O trabalho de Hércules relacionado ao signo de Aquário é a limpeza dos estábulos do rei Augias. Aquário é um signo de circulação e distribuição de ideias e energias. Este trabalho representa o serviço de restaurar o fluxo natural da vida e do amor em meio à humanidade.

O rei Augias possuía um vasto rebanho, mas nunca cuidava da limpeza de seus estábulos. Os dejetos se acumularam por muitos e muitos anos, de modo que o fedor e a pestilência contaminavam todo o reino. A tarefa de Hércules era limpar toda essa sujeira.

Quando chegou ao reino de Augias, Hércules se sentou entre dois rios que passavam por ali e meditou sobre o problema. Uma ideia lhe veio à mente. Então ele derrubou as paredes que cercavam os estábulos. Depois desviou o curso dos dois rios para que as suas águas passassem através das estrebarias. Assim, a necessária limpeza aconteceu naturalmente.

O rebanho do mito representa o conjunto das mentes e corações de toda a humanidade. A sujeira acumulada representa os pensamentos e emoções nocivos que a humanidade vem gerando ao longo dos tempos. Ao pensar, sentir, desejar, falar, estamos lançando no ambiente os nossos pensamentos e emoções, frequentemente poluindo a atmosfera mental e psíquica do planeta com nosso medo, raiva, ganância, apego, tristeza, etc. Como resultado, uma nuvem escura de energias mentais e emocionais envolve a Terra inteira, atrapalhando o desenvolvimento natural das pessoas, impedindo de perceber a beleza e a alegria da vida, e contagiando muitos  com desejos egoístas e materialistas. Mas como resolver uma situação tremenda como esta?

O primeiro ato de Hércules foi meditar, para poder compreender a natureza do problema e então descobrir uma real solução. Mas frequentemente contrapomos meditação e ação, e tendemos a considerar que meditação é passividade e perda de tempo e que a ação concreta é a única maneira de produzir mudanças. Poderíamos compreender que a verdadeira meditação é uma ação interna, que é causa da ação criativa externa. Em meio à atual situação crítica da humanidade, não temos tempo a perder com tantas ações irrefletidas e precipitadas. É imprescindível meditar, para podermos compreender o que e como fazer.

Tendo compreendido, Hércules iniciou pela derrubada das paredes, porque a raiz do problema está nas divisões que erigimos entre nós. Deixamo-nos enganar pelas diferenças na aparência e nos consideramos como separados uns dos outros. Falamos em termos de uma classe social e outra, uma etnia e outra, uma ideologia e outra, uma religião e outra, e perdemos de vista a humanidade una. O primeiro passo necessário é desfazer todo senso de separatividade. Devemos compreender que somos todos uma só família humana.

Os dois rios do mito representam as duas correntes de energia que animam cada pessoa: a energia da vida (ancorada no coração) e a energia da consciência (ancorada no cérebro). Hércules não tentou varrer ou limpar a sujeira, ou seja, ele não ficou focado em atividades. Ele simplesmente deixou que as energias de vida e de consciência ou amor fluíssem livremente entre ele e os demais.

Quando tais energias fluem desobstruídas e por canais adequados, a harmonia e a beleza naturalmente são restauradas. Assim é o serviço. Não se trata de lutar contra o que está ruim, mas de promover o fluxo do bem. Não é tanto um fazer, mas principalmente ser e amar. E também não nega a ação, mas ao contrário: qualifica-a. A questão é: qual é a consciência e a qualidade de energia de coloco em cada coisa que faço?

Ricardo A. Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br

domingo, 8 de janeiro de 2012

Capricórnio: Poder Servir

                              


Capricórnio
 
O trabalho de Hércules que corresponde ao signo de Capricórnio é enfrentar Cérbero, o cão de guarda do mundo subterrâneo. Capricórnio é um signo de disciplina, superação e realização. Este trabalho representa o auge do desenvolvimento humano e uma grande conquista espiritual, talvez a mais importante de todas: a conquista do poder de servir.

Cérbero era um terrível monstro com três cabeças de cão e uma serpente como rabo. Ele guardava o mundo subterrâneo, para onde iam as almas dos mortos, e não deixava que ninguém saísse de lá. A tarefa de Hércules era capturar Cérbero e trazê-lo até a superfície.

Quando Hércules penetrou no mundo subterrâneo, encontrou o herói Teseu vivo, mas acorrentado ali. Ele libertou o amigo e então foi ver Plutão, o Senhor da Morte e do mundo subterrâneo. Plutão concordou em deixar Hércules levar Cérbero, desde que enfrentasse a fera sem armas. Hércules fez isto, e agarrou a cabeça central de Cérbero, sufocando-a. Assim ele controlou o monstro e pôde conduzi-lo até a superfície, para a luz do dia.

Cérbero, com suas três cabeças, representa a personalidade humana, com seus três componentes: mental, emocional e físico. Controlar Cérbero e levá-lo para a superfície significa autodisciplina, autoaperfeiçoamento e autossuperação. Mas todo autodesenvolvimento deve sempre ter como motivação a busca de servir a humanidade. Todos os conhecimentos que adquirimos, as habilidades que desenvolvemos, os bens de que dispomos, o poder que obtemos, a influência que exercemos — tudo deve ser usado não apenas para o nosso próprio benefício individual, mas em favor de toda a coletividade.

O mundo subterrâneo simboliza o inconsciente humano, e Teseu acorrentado representa a humanidade aprisionada por suas emoções e desejos ignorantes. Tal como Hércules encontrou Teseu ao penetrar no mundo subterrâneo, cada buscador espiritual, ao penetrar no íntimo de si mesmo, descobre que é co-responsável pelo sofrimento da humanidade. Mas descobre também que, ao desenvolver todo o seu potencial, ele pode contribuir para a liberação e elevação humana.

Frequentemente, existe confusão sobre o que é serviço. Alguns entendem que servir é ajudar, curar, ensinar os outros. O serviço pode incluir isso também, mas é algo mais profundo. Servir é desempenhar a nossa função dentro do todo maior. Na verdade, todos os seres servem — inevitavelmente, inconscientemente. Não há como ser e não servir. Mas o que é próprio de nós, humanos, é que podemos passar a servir conscientemente. Nós podemos saber qual é o nosso serviço, e então realizá-lo voluntariamente, compreensivamente, inteligentemente. É isto que chamamos de serviço quando falamos de seres humanos.

Para poder servir assim, o indivíduo deve ser o mestre de si mesmo. Hércules mostrou como alcançar esta mestria ao enfrentar Cérbero desarmado, sem lutar contra o monstro, mas apenas sufocando a sua cabeça central, para controlá-lo. Portanto, não devemos ficar combatendo a nossa personalidade, mas apenas procurar conduzi-la conscientemente. A cabeça do meio representa as emoções e desejos — a fonte de força da personalidade. Sufocar esta cabeça significa deixar de alimentá-la com tanta atenção. Se não dermos indevida importância às reações emocionais da personalidade, ela não terá como atrapalhar o nosso serviço.

Finalmente, levar Cérebro para a superfície é integrar o inferior no superior, unificar personalidade e alma. Então, a personalidade é transformada, transfigurada, deixando de ser aquela que oculta a alma, para tornar-se aquela que revela a alma.

Ricardo A. Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br